domingo, 24 de maio de 2009

As filosofias orientais como uma necessidade contemporânea


As filosofias orientais como uma necessidade contemporânea

Para o Homem de hoje, que realmente procura a tão almejada tranquilidade interior, tornou-se indispensável o recurso às filosofias orientais. Mergulhado na agitação da vida moderna, o ser humano, vive cheio de pressa, medo, insegurança, solidão e ainda, total ausência de esperança. Neste princípio do novo século sofre de uma doença terrível chamada de infelicidade, isto passa-se porque não se conhece, não sabe nada de si próprio, é um ignorante sobre as suas capacidades, ele só se preocupa com interesses que o tornam infeliz, por exemplo: obsessão por bens materiais, ambição em ser mais que o seu semelhante, (pura ilusão) a inveja, desrespeito pela natureza, sede de poder, obtendo em contrapartida, apenas stress, ansiedade e depressão, uma parte da humanidade, começou a modificar a sua maneira de estar na vida, partindo em busca das suas raízes espirituais, acabou por perceber que a felicidade afinal não se encontra algures na frustração do “TER” e mais “TER”, começou finalmente a interrogar-se sobre o que lhe poderá trazer o “SER”.

Nesta sua busca de felicidade, encontrou rostos tranquilos, olhos brilhantes de alegria e sorrisos que não dependem de qualquer património material, mas de filosofias de vida, de culturas milenares que podem de facto provar algo.
Reiki, Yoga, Tai-chi, Meditação, etc., são algumas importantíssimas vias de integração e alinhamento com os valores anímicos, ajudas inestimáveis na longa caminhada que todos temos pela frente.

Desta confusa época que estamos a viver, em que se tornou tão subtil a fronteira entre o “BEM” e o “MAL”, (As necessidades da Alma e da Personalidade) é urgente que trabalhemos pelo menos para que se dissipe a neblina em volta dos nossos verdadeiros objectivos e reconquistemos a lucidez sobre o que nos pode realmente conduzir à serenidade absoluta. São filosofias que não impõem regras, nem espartilham psicologicamente ninguém; existe plena liberdade de acção e responsabilidade resultante de cada acto que tivermos para com o próximo. (Lei do Karma)

Os praticantes destes modos de viver, aperfeiçoam o auto controle mental, desenvolvem a consciência e o poder de concentração e visualização, aumentando o conhecimento sobre si próprio, descodificando através do inconsciente o segredo dos pensamentos profundos, trazendo alegria e paz interior, harmonia e equilíbrio cósmico e também solidariedade com o mundo que o rodeia.

Todas estas filosofias são práticas espirituais que estão ao nosso dispor para funcionarem como ferramentas preciosas que porão a descoberto, a partir do bloco de pedra em que nós estamos a transformar, criando a escultura perfeita com o DEUS que está dentro de cada um de nós.

Pensamento


PENSAMENTO

“NÃO HÁ, ABSOLUTAMENTE, OUTRO CAMINHO PARA CHEGAR AO VERDADEIRO PODER E À PAZ DURADOURA, SENÃO O DOMÍNIO DE SI PRÓPRIO, O GOVERNO DE SI MESMO, A PURIFICAÇÃO DO SEU PRÓPRIO SER”.
JAMES ALLEN

Estudos Teosóficos


TEMAS DE TEOSOFIA

CÉU INFERIOR E OS SEUS 4 PARAÍSOS


Introdução


O céu dos cristãos corresponde ao plano mental dos teósofos (no início do movimento teosófico este mundo foi denominado como o devakhan) e é, portanto, a esfera mais elevada dos 3 mundos. Esta dimensão é denominada pelos hindus como o swar loka ou swarga; os budistas conhecem-na como o sukhavati ou o rupa/arupa loka; para os antigos gregos o mundo mental, era conhecido como os campos elíseos; os antigos egípcios denominavam-no como o sekht ialu; os muçulmanos conhecem-no como o gana; e os nórdicos como o asgard ou, numa acepção mais restrita, o valhalla.

Este mundo está divido em duas grandes regiões, o plano mental superior ou abstracto – a zona onde se expressam os arquétipos divinos para os 3 mundos, onde se materializam as ideias abstractas, generalizantes e sintéticas e; o mental inferior – a região onde as ideias abstractas se densificam, pulverizam e tomam forma em conceitos particulares e concretos.

Iremos em seguida, transcrever alguns trechos da epístola 68 (na compilação da Editora Teosófica, Brasília) das «Cartas dos Mahatmas para A. P.Sinnett». Nesta missiva conhecida como a “carta do devachan”, o Mestre K.H. revela alguns dos princípios que governam a estadia da alma nesta esfera mais elevada e espiritual. Diz Ele: «O devachan, ou terra de sukhavati, é descrito alegoricamente pelo próprio Nosso Senhor Buda. O que Ele disse pode ser encontrado no Shan-yih-Tung. Diz o Tathagata: “Muitos milhares de miríades de sistemas de mundo mais além desse (nosso), há uma região de bem-aventurança chamada sukhavati... Os que nasceram na região abençoada são verdadeiramente felizes, não há mais aflições ou tristezas para eles naquele ciclo... Miríades de espíritos vão até lá para descansar e depois retornam para as suas próprias regiões.” Quem vai para o devachan? O Ego pessoal, é claro, mas beatificado, purificado, sagrado. Cada Ego – a combinação do sexto e sétimo princípios – (em rigor, a combinação da mente abstracta, da intuição e da vontade espiritual – o espírito humano), que depois do período de gestação inconsciente (um período que sucede à morte do corpo astral – a 2ª morte), renasce no Devachan, é necessariamente tão puro e inocente quanto um bebé recém-nascido. O mero facto de ter renascido mostra a preponderância do bem sobre o mal na sua personalidade anterior. E, enquanto o mau Karma fica de lado por algum tempo para segui-lo na sua futura encarnação terrestre, ele traz consigo para este Devachan o carma das suas boas acções, palavras e pensamentos. ... Portanto, todos aqueles que não caíram no lodo do pecado e da bestialidade irrecuperáveis (ou seja, todos aqueles que não foram para a oitava esfera, o planeta da morte) – vão para o Devachan. Eles terão de pagar pelos seus pecados, voluntários e involuntários, mais tarde. Enquanto isso, eles são recompensados; recebem os efeitos das causas produzidas por eles. Naturalmente trata-se de um estado; um estado, digamos assim, de intenso egoísmo (seria talvez mais correcto dizer egocentrismo), durante o qual o Ego colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Ele está completamente envolvido na benção de todas as suas afeições, preferências e pensamentos pessoais terrestres, e colhe o fruto das suas acções meritórias. Nenhuma dor, nenhuma aflição, e nem mesmo a sombra de uma tristeza surge para escurecer o horizonte iluminado da sua pura felicidade. Ele vive naquele doce sonho com os que ama – quer tenham ido antes ou ainda permaneçam na terra; ele os tem perto de si, tão felizes, tão abençoados e tão inocentes como o próprio sonhador desencarnado; e no entanto, excepto raras visões, os habitantes do nosso planeta denso não o sentem.»

1º Paraíso

Este paraíso é constituído pela matéria mais densa do Plano Mental e, nele residem aquelas almas que têm como nota dominante, os afectos pessoais e altruístas.

2º Paraíso

A matéria do sexto sub-plano mental (contando do mais espiritual para o mais material, do mais subtil para o mais denso), constitui a base desta região e nela se manifestam as almas que têm como característica dominante a devoção antropomórfica, ou seja, o amor dirigido a uma entidade superior com características humanas.

O Bispo Leadbeater descreve no seu livro «O Plano Mental» cap. VII dois casos que ele observou nesta esfera: «Um monge medieval foi visto em extática contemplação de Cristo crucificado, e a intensidade do seu anelante amor e compaixão era tal, que, ao olhar para o sangue das feridas da figura de Cristo, os estigmas se lhe reproduziam no corpo mental. ... Outro homem parecia ter esquecido a triste história da crucificação e só pensava em Cristo glorificado no seu trono, com o mar de vidro diante dele e, sobre o mar, uma multidão entre a qual estava o adorador com a sua mulher e os filhos, os quais amava profundamente porém, os seus pensamentos dirigiam-se à adoração de Cristo, embora tivesse Dele um conceito tão material que o representava mudando caleidoscopicamente entre a figura humana e a do cordeiro com a bandeirinha que se costuma ver nas janelas das igrejas.»

3º Paraíso

Descreve assim Leadbeater na mesma obra no Cap. VIII, logo no início, esta esfera: «A característica principal deste sub-plano (o 5º) é a devoção manifestada em obras positivas. Por exemplo, o cristão neste sub-plano, em vez de se encontrar em extática adoração do seu Salvador (como acontece no 2º paraíso), vê-se a si mesmo a ir pelo mundo trabalhando em Seu nome, difundindo os Seus ensinamentos. ...»

Um dos casos apontados por Leadbeater foi o de um príncipe hindu cujo ideal na terra tinha sido o rei Râma. Esse príncipe enquanto vivo, tinha tentado modelar a sua conduta e os seus métodos de governo ao seu ideal contudo, as coisas não teriam corrido da melhor maneira e teria havido vários contratempos e adversidades. Não obstante, neste céu, os seus planos tiveram êxito e, recebiam do próprio Râma, auxílio e inspiração.

4º Paraíso

Esta esfera é constituída pela substância do 4º sub-plano mental. Este é o paraíso mais elevado do Céu Inferior. Nele se manifestam as almas mais adiantadas envolvendo-se em múltiplas actividades. Leadbeater sistematizou-as em 4 grupos principais: a) as almas que anseiam altruisticamente por conhecimento espiritual; b) as que se dedicam à investigação científica e à reflexão profunda filosófica; c) as que desenvolvem as suas capacidades literárias e artísticas de uma forma altruísta e; por fim, as que se envolvem no serviço por amor ao próximo. Recordemos que as almas que se dedicam à filantropia por amor a um ser elevado, manifestam-se na esfera anterior.

L. descreve-nos alguns casos paradigmáticos no 9º Cap. do «Plano Mental»: «O terceiro tipo de actividade no quarto sub-plano é a do nobilíssimo esforço artístico e literário, inspirado antes de tudo pelo desejo de elevar espiritualmente a humanidade. No quarto sub-plano estão Mozart, Beethoven, Wagner, Bach e outros músicos, inundando o ditoso lugar com harmonias muito mais gloriosas do que aquelas que foram capazes de produzir durante a sua vida terrena. ...» E mais adiante: «Exemplo de estudante genuíno oferece-nos um dos últimos neoplatônicos cujo nome é conservado nos anais daquele período. Durante a sua vida terrena procurou dominar os ensinos da escola neoplatônica e na sua vida celeste ocupava-se a investigar os seus mistérios e a compreender a sua importância no desenvolvimento da vida humana.»

Em suma, nesta região do Além, a alma digere as experiências porque passou na sua vida terrena e astral e transforma-as em capacidades morais ou intelectuais que depois, nas próximas vidas, utilizará nas diversas circunstâncias concretas. Este não é só um mundo de bem-aventurança, é também um tempo de assimilação e de auto-construção. É aqui que são forjados os talentos e os dons que depois se expressam na vida terrena.

J.P.G.
Ramo Aquário; email: joaogomes10@mail.telepac.pt

A crise existêncial do nosso planeta


A CRISE EXISTÊNCIAL NO NOSSO PLANETA


“Os paraísos perdidos estão
Somente em nós mesmos”
Marcel Proust


Qual a razão da nossa existência? Quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Porque lutamos, sofemos, vivemos e morremos?
Qual a origem do Cosmo? Porque somos atraídos pelo desconhecido? Porque estamos sempre insatisfeitos?
Estas são algumas das interrogações, mais comuns, que fazem com que oser humano mergulhe no mar do mistério e no maior enigma, que é ele próprio.
Viver de acordo com as leis da natureza, foi sempre o grande sonho das grandes civilizações da antiguidade, pensavam assim porque respeitavam o homem como parte integrante da natureza, no entanto hoje estamos afastados desse ideal filosófico devido à sua complexa maneira de pensar, isto é nesta era da tecnologia, o homem substituiu-se pela máquina e o seu pensamento tornou-se robotizado.

Será que todos os problemas do nosso mundo aponatam para o descalabro da civilização moderna?
Estamos no novo milénio e o que encontramos à nossa volta, são rupturas de valores, que fazem perder respeito pelo próprio homem. Muitos são os exemplos: Pobreza, barbarismo, xenofobia. Ausência de paz mundial, guerra, varis aspectos de violência, a mentira, a hipocrisia, falta de ideias válidas para a busca e concretização da paz, etc. Estes exemplos apontados afligem a humanidade tornando-a infeliz e frustrada.


Será que a culpa é do progresso?
A palavra progresso deriva do latim “PROGRESSUS”, que significa avançar ou acção de ir para a frente e a humanidade tomou como verdade a ilusão de julgar que avançar era melhorar, é que ele esqueceu-se que o progresso é bom e dá felicidade quando é feito de maneira inteligente, positiva, harmónica e ecológica.
O homem por causa da ganância confundiu a ideia do progresso, semeou ventos agora colhe tempestades.

Será que a culpa é da tecnologia?
A palavra técnica deriva da palavra grega, “TÉCNY” que significa, filosofar, arte, inventar e mais uma vez o ser humano separou-se da técny.

A culpa cabe exclusivamente ao ser humano e temos que ter consciência que assim é para haver uma solução para o nosso mundo uma solução harmónica, positiva e ecológica, porque senão o homem vai tornar-se cada vez mais arrogante e afastar-se cada vez mais do justo do bom e do belo.

O que fazer para que tudo de bom possa vir acontecer no nosso mundo?
Muito simplesmente reflectir.
Reflexão é uma palavra do verbo latino que significa “VOLTAR ATRÁS” por outras palavras, o homem tem que começar a repensar.
Então a solução passa por uma nova maneira de pensar, vai outra vez buscar os valores perdidos de uma sociedade mítica, onde a noção de unidade e individualidade subsistem juntos, onde somos ao mesmo tempo nós próprios e tudo o que subsiste à nossa volta. A humanidade tem que existir como se fosse um todo e isso seria a base para a fraternidade e para o verdadeiro progresso orientado para a técny, transformando-se num arquétipo.

Para Reflexão


Para Reflexão
Lembrem-se sempre de viver o dia de hoje


“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de pano e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas em definitivo pensaria em tudo o que digo.

Daria valor as coisas, não pelo que valem, mas sim pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais. Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.

Andaria enquanto os demais se detêm, despertaria enquanto os demais dormem.

Escutaria enquanto os demais falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!

Vestir-me-ia com simplicidade, atirar-me-ia de bruços ao sol, deixando descoberto, não só meu corpo, mas também a minha alma.


Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat e seria a serenata que ofereceria à lua.

Regaria com as minhas lágrimas as rosas, para sentir a dor de seus espinhos e o vermelho beijo de suas pétalas...

Deus meu, se eu tivesse mais um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer ás pessoas que eu amo, que as amo.


Aos homens provaria quanto equivocados estão ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar!

A um menino daria asas, mas deixaria que ele sozinho aprendesse a voar.

Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas sim com esquecimento.

Tantas coisas que eu aprendi…
Aprendi que todo mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir essa montanha.

Aprendi que, quando um recém-nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.

Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo, quando a ajuda a levantar-se.


Se soubesse que hoje era a última vez que vou ver-te dormir, abraçar-te-ia fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião de tua alma.

Se soubesse que esta era a última vez que te vejo sair pela porta, dar-te-ia um abraço, um beijo e chamaria de novo para te dar mais.

Se soubesse que esta era a última vez que ouviria tua voz, gravaria cada uma de tuas palavras para poder ouvi-las uma e outra vez, indefinidamente.

Se soubesse que estes são os últimos minutos que te vejo, diria " amo-te" e não assumiria, tontamente, que já sabes.

Sempre há um amanhã e a vida nos dá outra oportunidade para fazer as coisas bem, mas se me equivoco e hoje é tudo o que nos resta, gostaria de dizer quanto te amo e que nunca te esquecerei.

O amanhã não está garantido a ninguém, jovem ou velho.


Por isso, não esperes mais, faz hoje, já. Seguramente lamentarás o dia que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço e um beijo.

Mantém os que amas bem perto de ti, diz-lhes ao ouvido o muito que necessitas deles, ama-os e trata-os bem, encontra tempo para dizer-lhes "sinto muito","perdoa-me", "por favor", "obrigado" e todas as palavras de amor que conheces.

Ninguém te recordará por teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e sabedoria para expressá-los.

Demonstra a teus amigos quanto são importantes para ti."
Anónimo

Liberdade Sideral


Liberdade sideral

Eu penso na ilusão
Deste mundo universal
E sonho
Na realidade da consciência
De outros espaços siderais, dimensões
E outros mundos
Não quero sentir-me preso
Nesta ilha flutuante
Vagueando no espaço
À volta do sol

terça-feira, 12 de maio de 2009

DHAMMAPADA


DHAMMAPADA
O Controlo da Mente


(O Dhammapada está para o Budismo, tal como o Sermão da Montanha está para o Cristianismo. Este texto sagrado budista contém a essência do Ensinamento do Senhor Buda. O trecho aqui transcrito contém alguns dos versículos desta Escritura notável.)

Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Somos o que pensámos no passado. Seremos amanhã o que pensarmos hoje. A nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento acompanha-o tão de perto como a roda da carroça segue a pata do boi que a puxa.

Jamais se vence o ódio com o ódio. O ódio extingue-se com o amor; esta é uma Lei eterna.

Do mesmo modo que o arqueiro apontas as flechas, o sábio dirige a sua mente incerta, instável, difícil de vigiar e de dirigir.

A mente é invisível e subtil, difícil de vigiar, corre para onde lhe agrada. Que o sábio a dirija e vigie; uma mente vigiada é uma fonte de felicidade e saúde.

Uma mente indisciplinada faz-nos mais mal do que aqueles que nos odeiam ou do que todos os nossos inimigos.

Como uma cheia inunda e arrasta uma aldeia adormecida, seguindo o seu percurso, assim também a morte arrasta o homem cuja mente colhe as flores das paixões e desejos descontrolados.

O perfume das flores do sândalo, do jasmim ou do incenso não se desloca contra o vento; mas o perfume da virtude espalha-se por toda a parte e chega aos confins do mundo.

Fraco é o perfume, do sândalo, do incenso ou do jasmim, comparado à fragrância da sabedoria, que alcança o céu onde habitam os anjos e os arcanjos.

Mais glorioso do que derrotar milhares de inimigos em batalhas, é vencer-se a si próprio. Vence-te a ti próprio e não os outros. Quando vitoriosamente conquistares-te a ti próprio, nem os Poderes, nem os Principados ta poderão roubar.

Poema, baseado num dos quadros de Matisse

Poema, baseado num dos quadros de Matisse
“Mulher e peixes vermelhos”, 1921
Henri Matisse, nasceu em 1869, foi pintor, desenhista e escultor Francês do Fauvismo, movimento artístico, nascido em Paris por volta de 1905.
Faleceu no ano de 1954.




Pensamento Enigmático

Entre as cores de verde e amarelo
Paira um enigma
Uma mulher de olhos profundos e tristes
Pensa na sua vida
Será nas amarguras das Primaveras que se foram?
Ou
No Futuro
Como um Outono que está para vir?
E ela ali só
No meio do verde e amarelo
Talvez
Pensando no momento presente
Sentindo-se aprisionada
Como os peixes do aquário á sua frente

Poema 3


Ego

Centro da consciência e dimensões oníricas
Das ideias e pensamentos do inconsciente
Força criadora
Em linguagem simbólica
Projectada no subconsciente
Sentimento vai, sentimento vem

Força da psique
Do mundo interior das percepções
Angustias e desejos
Satisfações e insatisfações
Da natureza vulcânica humana
Sentimento vai, sentimento vem

Ilusões, desânimo e loucura
Instinto básico e subjectividade
Fantasias do Eu
Sentimento vai, sentimento vem

Fonte das representações das sensações
Na diferença entre o Espaço e o Tempo
Génesis dos nossos conflitos interiores
Na linguagem simbólica dos sonhos
Sentimento vai, sentimento vem

Afinal o que é o Zoismo?





Parafraseando Santo Agostinho, direi, se não perguntarem o que é o Zoismo, eu sei, mas se me perguntam já não sei.

O Zoismo, foi ensinado pelo doutor Martins Oliveira, durante muitos anos na década dos anos cinquenta, secretamente, considerada como a única escola de ocultismo nacional, que teve o seu fim de certo modo com a sua morte, deixando um vazio que até hoje e que se tenha conhecimento não foi ainda preenchido.
Zoismo, é ter veneração pela vida e ter a crença nas virtudes e poderes do ser humano, é uma teoria que tem como objectivo estudar os complexos e factos bem definidos dos fenómenos físicos e psicológicos que por vezes parecem ser regidos por forças superiores, dá-nos a conhecer as mais altas verdades da ciência. Através do Zoismo, tem-se a possibilidade de enriquecer a alma, moldar a nossa mente, modificar e aprofundar a nossa vida, favorece a autognose, dá entrada nos Templos da Sabedoria Hermética.
Determinados exercícios práticos do Zoismo, tem a virtude de despertar o KUNDALINI, conhecido pelo nome de Fogo Serpentino. É o exercício mais delicado e perigoso que o Zoismo possui.

O que nos diz, Martins Oliveira, um Mestre de Zoismo num dos seus livros “PSICOSES DA MORTE E DA VIDA” escrito em 1951, nas páginas 83,84,85, um livro raro, que tenho na minha biblioteca particular.

“Um facto curiosíssimo, diz bem a possibilidades de um pensamento egregórico – forte, disciplinado e de orientação sincrónica.
É claro que para bem se compreender o que descrevo seria preciso que todos os meus leitores fossem ZOISTAS de classe, porque só assim dominariam o pensamento egregórico e poderiam se quisessem, realizar conscientemente muitas experiências, igualmente curiosas e eloquentemente convincentes sobre as actuações, mesmo a grande distância, do maravilhoso antropoflux exteriorizado pelos homens.
E, já que falo de Zoismo, permita-se-me fazer nestas páginas um pequeno esclarecimento acerca daquilo a que o grande Printece Mulford chama «CIÊNCIA DA SUPERIORIDADE»:
É raro o mês em que não recebo duas ou três dezenas cartas, e solicitar-me explicações sobre macro ciência e determinados pormenores relativos ao estudo do Zoismo”.

“Eis, em poucas linhas, o esclarecimento que prometi sobre o estudo admirável da transcendente Ciência:
O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há milénios, adoptada hoje na América e na Europa, divide-se em cinco grandes partes e pode ser estudado em pouco mais de seis meses ou em cerca de três anos. A primeira parte – a Iniciação – ensina-nos o auto-domínio pela educação científica da vontade e a disciplina dos pensamentos; a segunda parte – Império Mental – habituam-nos a confiar em nós próprios; a terceira parte – Zoismo elementar – para o robustecimento diário das faculdades nobres do ser; e a quarta parte – Zoismo superior – põe-nos em contacto com os maiores problemas da vida; Quanto à quinta parte – Estudos complementares – onde nem todos podem chegar – A quinta parte do Zoismo, é exclusivamente reservada aos que «podem esmagar mas não esmagam», porque ignoram a inveja, desprezam o ódio e detestam a vingança. O Zoista é por definição uma pessoa honesta, séria e digna. Quem pretender estudar Zoismo com fins inconfessáveis, perde o seu tempo e dinheiro, porque a expulsão espera-o e, se possível for, um severo castigo também.
Nada mais posso revelar ou aludir, sequer às vantagens do Zoismo, porque os Zoistas, como Mestres do Silêncio que são, detestam o elogio e não toleram por isso, que exaltem a sua obra. Direi apenas, para concluir, que no magnífico estudo do Zoismo, não entram livros nem impressos”.
.
O Zoismo tem como divisa “Ver, Ouvir e Calar”.




segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Nossa Viagem




A nossa viagem


Um dia que não sei precisar quando, li um livro que comparava a vida com uma viagem de comboio.
E dizia:

A nossa vida, não passa de uma viagem de comboio com muitos embarques e desembarques, pequenos acidentes pelo caminho, surpresas agradáveis e desagradáveis tristezas e alegrias.
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse comboio, encontramos duas pessoas e acreditamos que farão connosco a viagem até ao fim, o que não é verdade. Infelizmente eles um dia desembarcarão numa qualquer Estação deixando-nos sós. Mas isso não impede que durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós. Embarcam os nossos irmãos, amigos e pessoas especiais. Muitas pessoas apanham esse comboio em passeio. Outras fazem uma viagem melancólica experimentando tristezas, mas também há pessoas que passam de carruagem em carruagem prontos a ajudar quem precisa. Muitas descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no comboio de tal maneira que desocupam os seus assentos e ninguém dá por isso.

Uma coisa curiosa é considerar que alguns passageiros que nos são tão queridos se acomodam em carruagens diferentes da nossa, e isso obriga-nos a fazer a viagem separados deles, mas claro que não nos impede apesar da dificuldade, de atravessar-mos a nossa carruagem e chegarmos a eles.
Esta viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que este comboio jamais volta.

Então façamos esta viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos ao passageiros, procurando em cada um deles o que têm de melhor, lembrando sempre que em algum ponto do trajecto poderão fraquejar e, naturalmente, precisaremos de entender esse fracasso, porque nós também fracassamos e certamente alguém compreenderá.

O maior mistério desta viagem é não sabermos em que Estação vamos descer.
Alguns pensamentos vêm do nosso interior:
Quando eu descer desse comboio sentirei saudades?
Sim, deixar os meus filhos a viajar sozinhos será muito triste, separar-me de alguns amigos que fiz nele, do amor da minha vida, das pessoas que se tornaram especiais para nós será para mim doloroso, é certo mas…

Mas no fim dos acontecimentos, em algum momento, estarei na Estação principal e terei uma grande emoção em vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará mais feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que ela tenha crescido e se tenha tornado valiosa.


Neste momento, o comboio diminui de velocidade… para que embarquem e desembarquem pessoas. A minha expectativa aumenta à medida que o comboio vai diminuindo a sua marcha…
Quem entrará? Quem sairá?

O comboio lá vai continuando a viagem sempre em frente, e sem regresso, especialmente naquela linha de viagem.


Anónimo

Poema 2

Um Poema para ti

A vida não é só olhos cheios de lágrimas
Mas também
Cheios de boa vontade
A vida não é só mãos cheias de nada
Mas sim
Que essas mãos em concha estejam carregadas de sonhos
Para que sejam realizadas
A boca deve ser onde nascem os sorrisos
E sem receios digamos a palavra amor
E com o gesto
Aconteça um abraço
Para sentir-mos o calor do afecto
No pedaço azul do céu
A morada da nossa das nossas encarnações
E dos paraísos imaginários

Poema

Meu Sentir

Quero voar nas asas do desejo
E sentir as estrelas
Para poder subir a montanha da esperança
E tornar mais doce a minha alma
Sinto saudades
Dos dias radiosos do futuro
Onde poderei aconchegar no meu peito
O que hoje separa de mim
Quero abraçar o infinito
Para partir no dorso de uma nuvem
Na viagem dos meus sonhos
E sentir que tudo não é imagem de um instante
Mergulhado nos clarões da luz
Para iluminar
Os meus sentimentos que guardo na minha alma

O Que é a Teosofia?




O Que é a Teosofia?


Helena Blavatsky a fundadora do movimento ocultista e teosófico moderno disse, no seu livro «A Chave da Teosofia», que o termo Teosofia é a Ciência ou o Conhecimento Divinos. O termo Teosofia significa portanto, a Sabedoria Divina ou a Sabedoria dos Deuses. O vocábulo theo, em grego, quer dizer um deus, um dos seres divinos, um membro de uma hierarquia criadora (os anjos, arcanjos, serafins e querubins do Cristianismo). Não é, por conseguinte, a Sabedoria de Deus (o Logos Solar, a divindade que sustenta e dirige um sistema solar ou – o Logos Cósmico, a divindade que dirige o Cosmos) mas, sim, a Sabedoria Divina, aquela que os deuses ou as hierarquias criadoras possuem e partilham.

Leadbeater – um dos grandes ocultistas do início do movimento teosófico moderno – no seu livro «Compêndio de Teosofia», sustenta que a Teosofia não é, em rigor, uma religião, mas a verdade que serve de base a todas as grandes religiões. Vista numa outra óptica, a Teosofia é uma síntese conceptual que engloba simultaneamente aspectos religiosos, filosóficos e científicos. Assim, é a Filosofia Arcana, porque explica claramente o plano da evolução dos seres que fazem parte do nosso Sistema Solar. É a Religião Sabedoria, porque oferece um método para apressar essa evolução, de modo a podermos, por um esforço consciente, adiantarmo-nos no caminho da perfeição. É a Ciência Espiritual porque todos os conhecimentos que fazem parte da sua doutrina, são o produto da investigação (utilizando a metodologia da Ciência Espiritual) de Mestres de Sabedoria e Compaixão e dos Seus discípulos que, desenvolveram determinados poderes. Esses poderes, existem latentes em todos nós e, quando despertos e activos, permitem a observação, a investigação e o contacto directo e profundo com os fenómenos e as realidades subtis e espirituais. Não se trata portanto de uma crença ou de uma revelação e, todos nós, quando desenvolvermos esses mesmos poderes, poderemos contactar a Realidade que está por trás dos ensinamentos teosóficos.


Os 10 Ensinamentos Essenciais

Annie Besant – uma grande discípula do início do movimento teosófico moderno – definiu no seu livro «O Enigma da Vida», os dez ensinamentos essenciais da Teosofia que passamos a desenvolver:

1. Declara a Teosofia que o homem pode conhecer a Divindade, porque ele próprio é divino. O homem tal como o Logos é trino, ou seja espírito, alma e corpo.

2. A Sabedoria dos Deuses afirma que, toda a vida e todos os seres (desde a mais ínfima partícula subatómica, até ao mais excelso Arcanjo ou Querubim) partilham da mesma vida una e divina. Temos todas as nossas raízes no Logos. Ele é a nossa fonte e meta.

3. É o facto de todos os seres partilharem a mesma vida divina que, fundamenta a necessidade da fraternidade. Violentar ou agredir um ser vivo, por mais “insignificante” que ele seja, é violentar ou magoar a nós próprios.

4. Ensina a Ciência Espiritual que, no início da manifestação cósmica, no Uno Imanifestado, surge um ponto, o Logos Cósmico e que o primeiro movimento desse Logos é a Sua diferenciação em 3 aspectos: o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Logos. Estes 3 Logoi são o fundamento de todas as Trindades Divinas. No Hinduísmo: Shiva, Vishnu e Brahma. No antigo Egipto: Osíris, Hórus e Ísis. No Cristianismo: Pai, Filho e Espírito Santo. Na Cabala judaica: Kether, Chokmah e Binah.

5. Revela ainda a Religião Sabedoria que, outro dos movimentos primordiais, consiste na diferenciação da Substância Pré-Cósmica Imanifestada. em 2 pólos: o pólo da substância vida/consciência ou espírito e o pólo da substância energia ou matéria. É a relação, jogo, ou atrito entre estes dois pólos da substância cósmica, orientado superiormente pelo Logos, que permite a diferenciação ou densificação dos 7 Mundos. É neste grande palco cósmico que se vai desenrolar o grande drama da evolução das hierarquias dos seres, das quais a humanidade é uma delas.

6. A Filosofia Arcana afirma que, o propósito maior de todos os seres é a expansão ou o desdobramento da consciência.

7. A Sabedoria Antiga esclarece ainda que, o processo evolutivo se desenrola sob a égide de Leis Fundamentais, das quais a lei da reencarnação ou dos ciclos é uma das mais importantes.

8. Expõe também a Teosofia que colhemos o que semeamos; que recebemos da vida o que demos no passado. Recebemos o bem, a alegria e o amor, se no passado generosamente distribuímos estas riquezas; se por ignorância fizemos o contrário, colheremos da vida tristezas e sofrimentos. Somos assim, os construtores do nosso destino.

9. A Doutrina Oculta sustenta que o homem evolui em 3 mundos: O Plano Físico, o Plano Astral e o Plano Mental. No Cristianismo esses mundos são conhecidos como o Inferno (na óptica da Ciência Espiritual, a nossa vida no plano material ou físico é o verdadeiro “inferno”), o Purgatório e o Céu. No Hinduísmo, essas esferas são denominadas como: o Bhurloka (a raiz bhu em sânscrito quer dizer inferno, infernal), o Bhuvarloka e o Savarloka.

10. Ensina por fim a Ciência Espiritual que, tal como o homem é o produto da evolução dos reinos sub-humanos, nomeadamente: o mineral, o vegetal e o animal, (na perspectiva teosófica o homem não é um animal mas um deus, uma hierarquia criadora); assim também, os reinos evolutivos supram humanos, são o resultado da evolução dos reinos que se encontram abaixo deles na escada evolutiva. Como consequência deste facto, acima do reino humano, encontra-se o Reino dos Mestres de Sabedoria e Compaixão que, no Seu colectivo, formam a Hierarquia Espiritual Planetária ou o Governo Oculto do Mundo. Todos nós seres humanos poderão integrar um dia, essa mesma Hierarquia Espiritual. Para percorrermos esse caminho em segurança e mais depressa, deveremos sustentarmo-nos em 3 colunas. A coluna do Mestre, a coluna do ensinamento e a coluna do grupo. A Sociedade Teosófica, pela sua própria natureza, oferece ao aspirante esses 3 apoios.

Annie Besant conclui que todas as religiões expõem ou expuseram estes ensinamentos embora, um ou outro deles, possa ficar temporariamente em segundo plano; mas, acrescenta ela: «eles reaparecem sempre».


A Missão da Sociedade Teosófica

Annie Besant na mesma obra revela que, a «missão da Sociedade Teosófica como um todo é a de difundir estas verdades em todas as nações» e, acrescenta ela, «se a Sociedade Teosófica como colectividade, deixasse de aceitar e difundir estas verdades, também deixaria de existir».•

Por fim, conclui Annie Besant: «A incorporação da Sabedoria Divina numa organização, forma um núcleo, a partir do qual as forças da vida podem irradiar. Assim, um novo e sólido vínculo é formado entre o mundo espiritual e o mundo material.»


Concepção, composição e edição do Ramo Aquário. (Lisboa; Novembro de 2004)
joaogomes10@mail.telepac.pt

Baghavad Gita

Baghavad Gita

A Natureza do Espírito e do Corpo


Assim como o espírito, vestindo este corpo material, passa pela infância, adolescência, maturidade e velhice, assim também, na altura certa, ele habita outro corpo, e em outras encarnações, viverá outra vez. Os que possuem a sabedoria, sabem que isto é assim e não se deixam influenciar pelas mudanças a que está sujeito o mundo material.

Os sentidos dão-te, por intermédio da alma, as sensações do calor e do frio, do prazer e da dor. Mas estas mudanças vêm e vão, porque pertencem ao temporário, ao impermanente e são inconstantes. Suporta-as com equanimidade, valentia e paciência, ó príncipe.

O homem que não se deixa atormentar por essas sensações – que se conserva firme e inabalável no meio do prazer e da dor – possui a verdadeira paz interior. Esse homem, entrou no caminho que conduz à imortalidade.

Sabe que o Ser Supremo, fonte de todo o Universo, está em tudo e é indestrutível. Ninguém pode destruir esse Ser.

Conhece esta verdade, ó príncipe! O homem real, o espírito humano, não nasce nem morre. Inato, imortal, eterno, sempre existiu e sempre existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém, aquele que ocupa o corpo, sobrevive à morte deste.

Tal como no fim do dia despimos as roupas usadas e, no dia seguinte, nos voltamos a vestir com novas vestes, assim também o Espírito, tendo abandonado a velha morada mortal – o corpo – entra numa outra nova e recém preparada para ele.
O Espírito, não pode ser ferido por armas, nem queimado pelo fogo, a água não o molha e o vento não o seca nem o move.

Ele é impermeável, incombustível, indissolúvel, imortal, imutável e penetra tudo.

Em sua essência é invisível e inconcebível. Sabendo disto não te aflijas.

Aqueles que são ignorantes, não sabem de onde vimos e para onde vamos; conhecem só o transitório. No Ser Eterno, todas as coisas manifestam-se primeiro nos planos invisíveis, depois fazem-se perceptíveis e, na morte, tornam a ser invisíveis.
O espírito, o homem real, que habita no corpo, é invulnerável e indestrutível. É a fonte da vida.

(Trecho do 2º Cap. Do Bhagavad Gita. O Gita é uma sagrada escritura hindu e contém de uma forma sublime, a essência da ética, filosofia e teologia do hinduísmo. Trata-se da obra hindu mais conhecida em todo o mundo)

EVANGELHO AQUARIANO




EVANGELHO AQUARIANO
(Uma Lição sobre o Karma e a Reencarnação)



O Senhor estava em Jerusalém com Pedro, Tiago e João; era sábado. Enquanto caminhavam viram um homem que não via. Era cego de nascença. Pedro perguntou: Se as doenças e as deficiências são causadas pelo pecado, quem foi neste caso o pecador, os pais ou o cego?

Jesus respondeu: Todas as dores, sofrimentos, misérias e aflições são pagamentos parciais de uma ou mais dívidas contraídas. Há uma Lei de retribuição, compensação, reparação e recompensa que nunca falha, e que está sintetizada nesta regra de vida: Dente por dente; vida por vida.

Aquele que prejudicar alguém por pensamento, palavra e por acção é considerado devedor perante a Lei e, da mesma forma, alguém o prejudicará por pensamento, palavra ou acção. Se alguém derramar o sangue de um homem, tempo virá em que um outro derramará o seu. O sofrimento e a miséria é uma cela de prisão em que o homem deve permanecer até pagar as suas dívidas, a menos que um Mestre o liberte para que tenha melhores condições de liquidá-las.

Vede este homem! Certa vez, numa outra vida, foi uma pessoa cruel e, de modo bárbaro, cegou um semelhante. Por sua vez, os pais dele viraram as costas a um cego desvalido e expulsaram-no da sua porta.

Perguntou então Pedro: Pagamos nós as dívidas de outros homens quando pela palavra os curamos, expulsamos os espíritos impuros ou, os livramos de qualquer forma de sofrimento?

Respondeu Jesus: Não podemos liquidar as dívidas de outros mas, através da palavra, podemos aliviar um homem das suas misérias e sofrimentos, de modo que possa pagar as dívidas que contraiu, entregando de boa vontade a sua vida e sacrificando-se pelos outros homens e outros seres vivos.

(Este episódio do ministério do Mestre Jesus é narrado no cap. 138 do «Evangelho Aquariano de Jesus o Cristo». Este texto é uma escritura apócrifa cristã do princípio do Séc. XX, 1908, de Levi Dowling. O Ev. Aquariano é o mais extenso – 182 capítulos – o mais detalhado, o mais profundo e o mais esotérico – sem cair na esoterite – de todos os evangelhos canónicos e apócrifos que conhecemos. Encontramos o mesmo episódio descrito com algumas diferenças, no cap. 9 do Evangelho de João)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ilusionismo – a Magia da Ilusão


Não há dúvida de que desde os primórdios, a magia desempenhou para o Homem um papel importantíssimo, usada por uns, receada por outros, chegando a ser mal amada até ao positivismo, altura em que finalmente passou a ser fonte de prazer e diversão.
Nascida da ignorância de muitos e da ambição de alguns, alimentada pelo desejo de poder, não se consegue vislumbrar uma única sociedade na História e na Geografia do Mundo em que ela não tenha estado presente.
Se hoje esboçamos com sorriso condescendente perante as práticas mágicas de certa civilizações antigas, não esqueçamos que também hoje trilhamos os mesmos caminhos e que cada um de nós, no intimo é sempre preso de qualquer superstição ou pequeno ritual que tem de ser feito daquela maneira, porque o contrário dá azar.
Mas o papel do Mágico “feiticeiro” já não é hoje, felizmente, o de servir de correio entre deuses e tiranos, nem o de tirar partido da ignorância de seus semelhantes.
Já ninguém crê que o mágico pode realmente serrar uma mulher ao meio, fazer aparecer uma pomba dum simples lenço, oferecer uma rosa surgida do nada. No entanto, presenciamos esse facto com naturalidade. É aqui que a magia e o bom “feiticeiro” dos nossos dias ganham em continuar o caminho dos seus antepassados, é aqui que o milagre se realiza, finalmente. Alguém conseguiu que trouxéssemos à luz esse cofre onde guardamos o maravilhoso da infância, essa força que a vida teima em nos roubar. E esse alguém, que figura poderá ser se não o mágico.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A MÚSICA COMO TERAPIA E OS SEUS EFEITOS


A MÚSICA COMO TERAPIA E OS SEUS EFEITOS



Há provas, mais que evidentes das funções psicológicas da música sobre o ser humano.
A música tem uma função terapêutica na pessoa humana com o fim de reduzir os seus problemas psíquicos ou de saúde mental, isto é nas pessoas ansiosas, depressivas e nervosas, no entanto também exerce de uma forma muito peculiar, nas pessoas que não sofrem desses problemas psíquicos, activando de uma forma muito positiva, para a sua qualidade de vida.

Quem é que não experimentou na sua juventude, a força da música alegre e melodiosa, nas festas particulares ou nas discotecas, provocando uma alegria contagiante, ou então a experiência, de sentir as musicas chamadas de religiosas ou sacras, deixando a pessoa silenciosa e compungida.
A música não há dúvidas, é uma força, uma energia.

OS VÁRIOS TIPOS DE MÚSICA

MÚSICA RELAXANTE – Sons musicais para meditação e relaxação.
EXEMPLO: música clássica ou erudita e outros sons musicais.

MUSICA EXCITANTE - Sons musicais que alteram o comportamento, devido à Qualidade do som muito forte, isto é o seu timbre, e a sua intensidade, provocado por alguns instrumentos, que fazem a quem ouve que tenham uma transformação psicológica no seu comportamento, para os fins a que se destina.

MÚSICA HIPNÓTICA - Sons musicais em surdina de baixa intensidade,
Provocando sonolência e relaxação total.


Resumindo e concluindo, toda a música tem três pontos que são fundamentais em ter em conta, o qual vai contribuir para a tal alteração psicológica do comportamento, e esses três factores são; a intensidade, altura e o seu timbre.


ALGUNS EXEMPLOS NA ESCOLHA DOS SONS MUSICAIS

Os Monges, Sacerdotes, pessoas comuns que escolheram a via espiritual para as suas vidas, precisam de uma música especial, que convide à meditação e ao equilíbrio interior.

As fanfarras têm sons musicais próprios, que provocam coragem, transformando os soldados em pessoas destemidas sem medo de nada.


Também há músicas próprias para operários fabris e outros, que provocam boa disposição, aumentando a produtividade.


Por tudo isto, a música sem qualquer dúvida, positivamente falando, tem efeitos terapêuticos benéficos, e é uma das mais altas expressões criativas do ser humano.


LISTA DE ALGUMAS MÚSICAS TERAPÊUTICAS DE MINHA ESCOLHA



FLYING DREAMS – Soren Hyldgard
SERENE - Aeoliah
CELESTIAL GUARDIAN – Philip Chapman
THERAPY – Fridrik Karlsson
ANGELELS – SOLITUDES
HARMONIC RESSONANCE – Frank Lorentzen
ZENESSENCE – ESSENCIAL MUSIC



“ DIZ-SE DA MÚSICA QUE É A FALA DOS ANJOS; DE FACTO, NENHUMA DAS ELOCUÇÕES ATRIBUÍDAS AO HOMEM É SENTIDA DE UMA FORMA TÃO DIVINA. QUASE NOS TRANSPORTA AO INFINITO “

Thomas Carlyle (1795-1881)

A Ideia da Morte


A Ideia da Morte



“Um homem caminha por uma rua, desaba um muro sobre ele, e mata-o.
Caminhar por uma rua é uma coisa normal; a queda de um muro é coisa simples e normal. A morte porém que resultou anormal na vida sadia desse homem, e anormal como consequência previsível da queda de um muro”.
Fernando Pessoa

Sidharta Gautama, dizia “que começamos a morrer a partir do dia em que nascemos”. Esta ideia sobre a morte acompanha-nos sempre. No entanto ela é vista como uma coisa oculta e temida, criando no íntimo do ser humano muitas ansiedades e angústias.
A maior parte das pessoas não está psicologicamente preparado para contornar o fenómeno da morte, porque no fundo do inconsciente há uma ausência, um não acreditar, e assim fugir e disfarçar essa realidade.
É um acontecimento que foi visto sempre com grande preocupação, respeito e medo e foi sustentado ao longo da História da humanidade por um sentido metafísico e religioso.
O assunto foi sempre tratado como uma coisa misteriosa que traz muita angústia fazendo com que o ser humano tenha um pensamento interrogativo sobre esta realidade, isto é, cria uma ideia metafísica sobre este assunto, porque como não tem possibilidade de saber e conhecer sobre a sua própria morte, vai procurando explicação na finalidade da existência, caindo depois sobre muitas dúvidas e contradições. Como o fenómeno da morte não é só um problema físico mas também metafísico, vai buscar explicações culturais, filosóficas, teológicas, teosóficas, sociológicas, antropológicas e outras.
Sobre este misterioso assunto, há uma forma de pensamento, uma realidade explicada já na sabedoria antiga. Primeiro tem que se ter em mente que a morte faz parte da vida, é um fenómeno tão natural como o nascimento e esta dualidade é que nos abre dentro da nossa consciência a compreensão sobre a finalidade da vida e do ser humano em geral que continuará sempre um enigma. Por outro lado a morte não é mais que uma iniciação, porque é necessário morrer para renascer e este renascimento podemos fazê-lo em vida, porque existe sempre uma oportunidade de uma renovação interior, uma nova consciência da vida para que se sinta feliz e sem medos, porque fica mais confiante, seguro e esclarecido. É como matar uma parte da nossa ignorância que está retida no nosso ego, fazendo uma alquimia interior para que nos transformemos num bom ser humano. O segredo está dentro de nós.

É errada, a maneira como vivemos em sociedade, porque só se dá valor ao êxito, ao sucesso, à beleza, ao domínio e com ela nascem todas as hipocrisias, porque passa para o plano inferior outros modelos como a velhice, o sofrimento e a morte e, assim, ao desligar-se de todos estes problemas vão nascendo no seu intimo valores errados da sua vida neste mundo e nesta sociedade, nascendo os medos, angústias existenciais e, como tábua de salvação, agarra-se à sua imortalidade física imaginária.
Com diziam os Estóicos na antiguidade, “ A vida não é curta nem comprida, tem a duração dos nossos sonhos mais profundos”.

Estatutos do Homem de Thiago de Melo


Estatutos do Homem de Thiago de Melo


Conheço os “Estatutos do Homem”, de Thiago de Mello desde 1972, aproximadamente e lembro-me de que me maravilhei, sentindo um forte impacto na minha alma: dei por mim a observar o mundo e senti dentro de minha alma uma imensa vontade de contribuir para que um dia o mundo fosse melhor.
Gostava de compartilhar com todos visitantes porque é lindo.



Estatutos do Homem

(Acto Institucional Permanente)


Artº1º – Fica decretado que agora vale a verdade, que agora vale a vida, e que de mãos dadas trabalharemos todos pela vida verdadeira.

Artº2º – Fica decretado que todos os dias da semana inclusive as terças-feiras mais cinzentas têm direito a converterem-se em manhãs de domingo.

Artº3º – Fica decretado que a partir deste instante haverá girassóis em todas as janelas e que os girassóis terão o direito de abrir-se dentro da sombra.

Artº4º – Fica decretado que o Homem não precisará mais de duvidar do Homem, que o Homem confiará no Homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.

PARÁGRAFO ÚNICO – O Homem confiará no Homem como um menino confia noutro menino.

Artº5º – Fica decretado que os Homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura das palavras. O Homem sentar-se-á à mesa com o seu olhar limpo, porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.

Artº6º – Fica estabelecida, durante dez séculos a prática sonhada pelo profeta Isaías que o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de outrora.

Artº7º – Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade e a alegria será uma bandeira generosa que será sempre desfraldada na alma do povo.

Artº8º – Fica decretado que a maior dor sempre foi e será não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.

Artº9º – Fica permitido que o pão de cada dia tenha no Homem o sinal do seu suor mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.

Artº10 – Fica permitido a qualquer pessoa a qualquer hora da vida o uso do traje branco.

Artº11º – Fica decretado, por definição, que o Homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo do que a estrela da manhã.

Artº12º – Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma begónia na lapela.

Parágrafo único – Só uma coisa proibida: Amar sem Amor.

Artº13º – Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o Sol das manhãs vindouras, expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformar-se-á numa espada fraternal, para defender o direito de cantar a festa do dia que chegou.

Artigo Final – Fica proibido o uso da palavra Liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a Liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, ou como a semente de trigo e a sua morada será sempre no coração do Homem.

Santiago do Chile, Abril de 1964

Thiago de Mello

Apontamento biográfico de Thiago de Mello

Thiago de Mello, nasceu na cidade de Barreirinha, no Amazonas, no dia 30 de Março de 1926, o poeta ainda criança, mudou-se para Manaus, onde iniciou os seus primeiros estudos, depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Faculdade Nacional de Medicina até o quarto ano. Abandonou o Curso e entregou-se por inteiro o caminho da arte poética.
Conhecido internacionalmente pela sua luta em prol dos direitos humanos e pela ecologia, tendo sido perseguido pela ditadura militar, implantada no Brasil, foi obrigado a deixar a sua terra, tendo-se exilado no Chile.
Considerado um dos grandes escritores brasileiros e um dos mais traduzidos, aos setenta e cinco anos de idade, Thiago de Mello completa meio século de poesia, com uma indicação ao prémio Jabuti/2002 pelo seu livro Poemas Preferidos (Bertrand Brasil, 294págs.)
O poeta Amazonense vive actualmente em Barreirinha sua terra natal, uma vila de cinco mil habitantes, no Baixo Amazonas.

Flor de açucena
Thiago de Mello

Quando acariciei o teu dorso,
Campo de trigo dourado,
Minha mão ficou pequena
Como uma flor de açucena
Que delicada desmaia
Sob o peso do orvalho.
Mas meu coração cresceu
E cantou como um menino
Deslumbrado pelo brilho
Estrelado dos teus olhos.

Para saber mais:
WWW.releituras.com/tmello_menu.asp

Personalidades Extraordinárias




Jacques Bergier
Um Homem Secreto e Misterioso

“Quem tem apenas um minuto para viver, nada tem a dissimular”

Nascido no dia 18 de Agosto de 1912, em Odessa, de origem judia, Jacques Bergier não era somente um apaixonado do mistério, da Alquimia, da Ficção Científica, mas também um cientista, membro da Academia das Ciências de Nova Yorque e da Real Sociedade de Londres.
Cavaleiro da Legião de Honra e Condecorado com a Cruz de Guerra e a Roseta da Resistência.
Faleceu, no dia 23 de Novembro de 1978 em Paris, vitimado por hemorragia cerebral, tinha 66 anos.

Foi uma criança perturbada pela emigração da família, percorre as bibliotecas para se entregar a uma literatura completamente nova na época, a ficção científica, descoberta muitas vezes em textos russos, polacos e alemães. Tal facto dar-lhe-á o gosto pelas ciências exactas mas também pelo sonho sem as quais não poderá haver progresso. Estudou no Liceu Louis-le-Grand e, seguidamente, no Instituto Superior de Química e na Sorbonne.
Enquanto estudante, nota-se já essa insaciável curiosidade por tudo aquilo que não tem explicação, bem como o gosto pelas hipóteses.
Sem a 2ª grande guerra, que alterou o destino do jovem cientista, apaixonado pela física nuclear, teria sido um dos maiores investigadores do século.

O Cientista Misterioso

Jacques Bergier era verdadeiramente um fenómeno, um homem que recusou a bandeira do conformismo, era o homem das aventuras: a rácica e a cultural pelas suas origens judáicas, a científica pela enorme amplitude das ideias que este século conheceu e nas quais se envolveu ou, simplesmente, a trágica pelo universo dos campos de concentração que teve de sofrer.
Dizia que nesta vida não há lugar para o repouso do corpo ou do espírito. É o alerta e a actividade perpétua, o estar acordado permanentemente, impede que a inteligência se acomode no doce conforto das certezas.

Era previsível vir ter uma carreira brilhante, antes da última grande guerra. Ainda jovem por volta do ano de 1936 como Físico, descobriu um processo que iria permitir a utilização da água-pesada na travagem dos neutrões. Realizou pela primeira vez, a síntese do polónio. Foi no seguimento destas pesquisas, em correlação com as de Frederic Joliot-Curie, que desencadeou uma luta que se chamou a “Batalha da água-pesada”.As circunstâncias históricas interromperam os seus trabalhos, o que não impediu de continuar a ser um pioneiro da pesquisa no domínio da física nuclear, uma vez que em 1947, registava uma patente relativa ao arrefecimento das pilhas atómicas.
Entretanto, em 1940, organizou em França a primeira rede de espionagem científica e participou no transporte da água pesada, da Noruega para a Grã-bretanha.
Muito mais tarde conheceu Louis Pauwels e ambos escreveram um livro surrealista marcado por Gurdijieff, “O Despertar dos Mágicos” pode ler-se no prefácio desta obra: “Mas se este livro contribuir para que as pessoas vejam as coisas mais de perto, mais longe, teremos antigido o nosso objectivo”.
Eis a chave de toda a acção; levar-nos a ver mais longe, para lá das aparências. Pagou-o caro! Antigos colegas acusaram-no de trair a ciência, pois ele sabia que a ciência não é um fim em si mesma, mas uma porta aberta para o mistério.

Bergier era um homem secreto e misterioso, ninguém o conhecia verdadeiramente. A maior parte dos que, dia a dia, amigos e colaboradores, estavam ao seu lado, nem sequer sabiam onde vivia. Não tinha nome na lista telefónica, ou se estava era com um nome suposto. Durante a sua espantosa existência utilizou pseudónimos ou nomes de espião, todos eles plenos de um sentido que será necessário descodificar um dia, a fim de reencontrar o verdadeiro intenerário deste estranho personagem. Para ele a realidade ultrapassou a ficção. Quer nas suas peregrinações de infância às bibliotecas, nas suas aventuras científicas, na sua apocalíptica experiências dos campos de concentração nazi, ou na sua busca incansável, muitas vezes coroadas de sucesso, das realidades fabulosas que nos esperam par lá das aparências.

Entre 1936 e 1940, associou-se a um grande químico, Alfred Eskenazi, desaparecido muito cedo, e a Vladimir Gavreau, o celebre físico que descobriu nos anos sessenta, o canhão sonoro, arma cujo fabrico foi interrompido devido á sua eficácia destruidora… em conjunto, registaram patentes que continham todas as ideias de base da automatização, tal como só a partir de 1950 começou a ser desenvolvida.
Encontrou-se com Helbronner, o pai da água pesada, em 1936, e realizou, com este, pesquisas de física nuclear no laboratório privado do sábio, situado na sua casa, no número 45 da Rua Saint-Georges. Neste local efectuaram-se descobertas sensacionais, que poderiam ter mudado a face do planeta Terra, mas Bergier na sua autobiografia disse que este não estava preparado para a receber essas descobertas.
Tempos depois realizaram a síntese do polónio a partir do bismuto e do hidrogénio pesado. Em conjunto criaram técnicas que permitiram construir pequenos geradores nucleares.

Jacques Bergier encontra-se com o Grande Fulcanelli, Alquimista e autor do “Mistério das Catedrais”.

Bergier em dada altura descobriu a existência da alquimia e teve o privilégio supremo de encontrar o grande Fulcanelli.
Foi na primavera de 1938 que foi recebido num laboratório do Gás de Paris, que na altura era chefiado por um homem com cerca de 40 anos, nada mais nada menos, que Fulcanelli, o grande alquimista que teria conseguido realizar a “Grande Obra” e advertiu-o dos perigos que a humanidade poderia correr, em resultado das pesquisas efectuadas no laboratório da Rua Saint-Georges.
Ter-lhe á o alquimista dado alguns segredos relativos à transmutação do ouro? Nada se sabe, mas o que é certo é que Bergier conseguiu fabrica-lo, com material científico apropriado, por volta de 1950.

Com a 2º Guerra Mundial, Bergier teve outras experiências sobre o mistério e o segredo. Experiências de acção, na Resistência francesa e na luta clandestina. Põe ao serviço da causa, todos os seus conhecimentos de química, de rádio e de criptografia bem como toda a sua astúcia. Primeiro em Toulouse e, mais tarde em Lyon com a sua rede “Marco Pólo” que fez maravilhas. Foi sobretudo graças a essa rede e às informações por ele transmitidas que em 1943 foi bombardeada a base de Pennemunde, o que veio permitir o desembarque no ano seguinte.

Quando esteve preso pela Gestapo, foi torturado padeceu de grande sofrimento, realizou algumas experiências de paranormalidade extremamente interessantes, descreve-as na sua autobiografia, prometeu dar uma analise mais completa principalmente, a que diz respeito ao que chamava a sua “viagem para além da morte” e que não deixaria de apaixonar todos os investigadores que hoje, realizam pesquisas sobre o assunto.

Quais foram as sua actividades de espião por ele exercidas depois da guerra? Nada se sabe. Bergier falava de “Grande Jogo”, “o governo do Mundo por influências ocultas” e o “Colégio dos Grandes Desconhecidos”. De cientista discreto tornou-se depois da guerra num homem público, jornalista, não abandonando as pesquisas, embora pouco ou nada saibamos sobre o assunto. Teríamos que encontrar e descodificar as suas notas técnicas.

Pesquisado no
Jornal NOSTRA, Nº31 de 1979 e no livro “Eu não sou uma lenda” de Jacques Bergier.


Algumas curiosidades acerca de Jacques Bergier

Jacques Bergier é também conhecido, por ter iniciado uma nova corrente literária, o “REALISMO FANTÁSTICO”.

Na banda desenhada TINTIN, Bergier é o professor Tornesol.

Numa entrevista, disse que esteve 20 dias em Lisboa em 1942 no tempo da guerra, e que tinha a trabalhar para ele na espionagem Ian Fleming, e que o aconselhou a escrever as aventuras de James Bond.

Tinha um Q.I. de 160, lia desde os 5 anos de idade e o primeiro livro que leu com essa idade foi a Bíblia.

Escreveu mais de 40 livros.

Lia em média quatro a cinco livros por dia, à velocidade de mais de 4 milhões de caracteres por hora.

Escolhia os seus livros entre a Ficção Científica, publicações especializadas no bizarro e no extraordinário, os tratados da física aplicada, Astronomia, as Matemáticas, os romances policiais e espionagem.

Lia em Francês, inglês, hebraico, russo, polaco, checo, italiano, alemão, português e espanhol.
Senhor de uma fantástica memória, que raramente o traía.
Era dos homens mais bem informados do seu tempo.



Jean-Pierre Pedrazzani escreveu sobre Bergier, “Baixo, nutrido, rosto malicioso, olhos em constante movimento, sempre mal barbeado, vestido sem o mínimo de apuro, emanava deste homem extraordinário, uma aura de bondade e de inteligência que não conheci em outra qualquer pessoa. Um homem extravagante e encantador que constituía para mim um enigma.
Conheci o professor Bergier, há uns quinze anos, nunca o vi a envelhecer nem a criar rugas, tinha 66 anos mas ninguém, teria sabido a bem dizer ou atribuir-lhe qualquer idade.”


ALGUMAS DAS SUAS OBRAS

“Visto para outra Terra”
“Os Extraterrestres na História”
“Agentes secretos contra armas secretas”
“A Terceira guerra mundial já começou”
“Os Impérios da química moderna”
“O livro do mistério”
“Espionagem Política”
“O Livro do Inexplicável”
“À Escuta dos Planetas”
“O Livro dos Antigos Cosmonautas”
“Os Mestres Secretos do Tempo”
“Os Livros Malditos”
“Fenómenos Paranormais”
“Eu Não Sou Uma Lenda”

E escreveu em conjunto com Louis Pauwels, “O Despertar dos Mágicos”

AINDA SOBRE JACQUES BERGIER


AINDA SOBRE JACQUES BERGIER

De facto é uma personalidade extraordinária, eu por volta do ano 1973/74, li “Os Extraterrestres na História, “O Livro do inexplicável”e “O Livro do Mistério” mais tarde em 1975, li o livro que Bergier escreveu em conjunto com Louis Pauwels, que foi o “Despertar dos Mágicos” fiquei maravilhado com a sua leitura, mudou-me de facto a maneira de ver a História, pouco tempo depois li “A Terceira Guerra Mundial já Começou” que tem um prefácio dedicado a Portugal por causa do 25 de Abril de 1974, um livro fantástico, que dá uma ideia do Jogo que os poderosos deste planeta fazem para atingir os seus fins, e a partir desta altura comecei a ficar curioso por Jacques Bergier, por tudo o que ele fez ou ia fazer, no dia 24 de Novembro de 1978, lembro-me de ter ficado triste com o seu desaparecimento, porque eu gostava de ler as suas opiniões sobre todos os acontecimentos importantes, na História do nosso Mundo como também uma página que ele escrevia para o Jornal “Nostra”, com o título, “Actualidade Misteriosa”.

No livro “Grandes Espiões da Segunda Guerra Mundial”, dos Amigos dos Livros Editores, Tomo II, na página 78, está escrito um capítulo dedicado a Bergier, com o título, “Jacques Bergier – O Espião das “V2”. Relata as peripécias de espião e a sua prisão pela Gestapo, os interrogatórios, etc., como também publica uma carta de identidade de Bergier como pertencente às Forças combatentes Francesas com o nome de Jacques Vatrin.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Reiki - A Energia Vital do Universo

Reiki
A Energia vital do Universo




O Reiki é uma técnica, uma arte, uma terapia, um método de cura milenar, cuja origem se perde no Tempo, para a canalização da energia vital pela imposição das mãos, redescoberto no Japão em meados do séc. XIX, pelo doutor Mikao Usui.

A palavra japonesa Reiki significa Energia Vital do Universo.

REI – UNIVERSAL
Ki – FORÇA VITAL ou ENERGIA VITAL


O sistema de Reiki Usui constitui um simples e natural método de cura e também uma técnica eficaz para canalizar a energia vital através da simples imposição das mãos sobre o próprio corpo (auto-tratamento) ou sobre o corpo de outrem, como também para equilibrar a totalidade do ser.

Qualquer pessoa pode utilizar esta maravilhosa energia em proveito próprio ou para ajudar outros seres humanos, animais ou plantas.

O Reiki apesar de ser uma de índole espiritual, não é uma religião. Não tem dogmas e não precisa de fé ou crença para que seja eficaz.
Mas se for praticante de uma religião, pode continuar a sê-lo, não há qualquer impedimento na sua prática seja qual for a religião que professe.

O Reiki serve para aumentar a energia vital no organismo, fortalecer o sistema imunitário, relaxar tensões e ansiedade, desenvolver a criatividade, expandir a consciência, desenvolver a intuição, purificar e harmonizar os chakras, ajuda a tratar depressões e angustias, combate o stress, dissolve e atenua as enfermidades, as dores físicas e emocionais, fortalece o sistema imunitário, desenvolve a espiritualidade.

É muito importante saber que o Reiki no sistema Usui, não é a nossa própria energia que é sintonizada ou harmonizada, mas sim a energia universal " Ki " que flúi através das mãos, sintonizada e harmonizada por um mestre de Reiki habilitado.

O Reiki é também um meio de evolução espiritual, um aprender contínuo, para a compreensão da vida.


TRATAMENTO REIKI

Através de um tratamento ou auto tratamento, a energia Reiki alimenta e regenera os centros vitais através dos CHAKRAS, aspirando segundo as suas necessidades, e como se trata de uma energia inteligente, dirige-se para as zonas do corpo mais necessitadas de serem tratadas no paciente receptor.


A doença ou a dor indicam que o sistema está desequilibrado que só passa quando a mesma atinge a harmonia perdida. Este processo de harmonização, levado a cabo pela Energia “KI”, através da terapia, será completo no tempo designado pelo EU SUPERIOR da pessoa em tratamento.

Normalmente, entre 4 a 21 tratamentos, resolvendo mais ou menos, conforme a pessoa que está a ser tratada, 80% dos problemas.


O TERAPEUTA REIKI É APENAS UM CANAL DE ENERGIA


É importante informar que no sistema Usui a Energia sintonizada ou harmonizada, é a Energia Universal “KI”, que flúi através das mãos.

Quem desejar praticar Reiki, deverá participar num Curso/Iniciação de sintonização com esta Energia Vital, ensinado por um Mestre de Reiki habilitado, e a partir desse momento vai ter nas suas próprias mãos, a possibilidade de melhorar a sua qualidade de vida e a de outras pessoas.

O Reiki sistema Usui / Tibetano é compreendido basicamente por tês Níveis ou Graus mais o Mestrado.
Cada nível ou grau é ensinado num seminário, com a duração de 10 horas mais ou menos, onde para além dos conhecimentos do Reiki e sua técnica, será feito a Iniciação ao grau correspondente.

1º Grau ou Nível – O Despertar
2º Grau ou Nível - A Transformação
3º Grau ou Nível - A Realização
4º O Grau de Mestre

O TEMPO RECOMENDADO ENTRE OS NÍVEIS OU GRAUS

- Entre o primeiro e o segundo Nível, mínimo três meses.
- Entre o segundo e o terceiro nível, mínimo seis meses ou um ano.
O tempo entre os níveis é aconselhado para aqueles que têm uma prática assídua e conscienciosa.

A QUEM OU A QUE PODE SER DADO TRATAMENTO REIKI

. Aos seres humanos.
. Às plantas e animais.
. Aos alimentos que comemos e também à água que bebemos.
. A um projecto, pedido de emprego, empréstimo, pedindo que aconteça se for bom para a sua evolução ou seu Bem Superior, como também pode fazer Reiki, a uma situação passada ou presente.


E MUITO MAIS PODE SER FEITO…

Se quiser saber sobre esta arte milenária, além de poder ler os livros existentes no mercado livreiro, sobre o mesmo, o melhor será experimentar a terapia e ser você senti-lo, ou fazer um curso com um mestre de Reiki habilitado e tirar as suas próprias conclusões, sobre esta arte terapêutica maravilhosa que é o Reiki.

Os cinco princípios do Reiki

1º- Hoje sê grato pelas múltiplas bênçãos que recebeste.

2º- Hoje não te zangues, não julgues e não critiques.

3º- Hoje não te preocupes.

4º- Hoje faz honestamente o teu trabalho.

5º- Hoje respeita o teu semelhante e todos os seres vivos.