domingo, 24 de maio de 2009

As filosofias orientais como uma necessidade contemporânea


As filosofias orientais como uma necessidade contemporânea

Para o Homem de hoje, que realmente procura a tão almejada tranquilidade interior, tornou-se indispensável o recurso às filosofias orientais. Mergulhado na agitação da vida moderna, o ser humano, vive cheio de pressa, medo, insegurança, solidão e ainda, total ausência de esperança. Neste princípio do novo século sofre de uma doença terrível chamada de infelicidade, isto passa-se porque não se conhece, não sabe nada de si próprio, é um ignorante sobre as suas capacidades, ele só se preocupa com interesses que o tornam infeliz, por exemplo: obsessão por bens materiais, ambição em ser mais que o seu semelhante, (pura ilusão) a inveja, desrespeito pela natureza, sede de poder, obtendo em contrapartida, apenas stress, ansiedade e depressão, uma parte da humanidade, começou a modificar a sua maneira de estar na vida, partindo em busca das suas raízes espirituais, acabou por perceber que a felicidade afinal não se encontra algures na frustração do “TER” e mais “TER”, começou finalmente a interrogar-se sobre o que lhe poderá trazer o “SER”.

Nesta sua busca de felicidade, encontrou rostos tranquilos, olhos brilhantes de alegria e sorrisos que não dependem de qualquer património material, mas de filosofias de vida, de culturas milenares que podem de facto provar algo.
Reiki, Yoga, Tai-chi, Meditação, etc., são algumas importantíssimas vias de integração e alinhamento com os valores anímicos, ajudas inestimáveis na longa caminhada que todos temos pela frente.

Desta confusa época que estamos a viver, em que se tornou tão subtil a fronteira entre o “BEM” e o “MAL”, (As necessidades da Alma e da Personalidade) é urgente que trabalhemos pelo menos para que se dissipe a neblina em volta dos nossos verdadeiros objectivos e reconquistemos a lucidez sobre o que nos pode realmente conduzir à serenidade absoluta. São filosofias que não impõem regras, nem espartilham psicologicamente ninguém; existe plena liberdade de acção e responsabilidade resultante de cada acto que tivermos para com o próximo. (Lei do Karma)

Os praticantes destes modos de viver, aperfeiçoam o auto controle mental, desenvolvem a consciência e o poder de concentração e visualização, aumentando o conhecimento sobre si próprio, descodificando através do inconsciente o segredo dos pensamentos profundos, trazendo alegria e paz interior, harmonia e equilíbrio cósmico e também solidariedade com o mundo que o rodeia.

Todas estas filosofias são práticas espirituais que estão ao nosso dispor para funcionarem como ferramentas preciosas que porão a descoberto, a partir do bloco de pedra em que nós estamos a transformar, criando a escultura perfeita com o DEUS que está dentro de cada um de nós.

Pensamento


PENSAMENTO

“NÃO HÁ, ABSOLUTAMENTE, OUTRO CAMINHO PARA CHEGAR AO VERDADEIRO PODER E À PAZ DURADOURA, SENÃO O DOMÍNIO DE SI PRÓPRIO, O GOVERNO DE SI MESMO, A PURIFICAÇÃO DO SEU PRÓPRIO SER”.
JAMES ALLEN

Estudos Teosóficos


TEMAS DE TEOSOFIA

CÉU INFERIOR E OS SEUS 4 PARAÍSOS


Introdução


O céu dos cristãos corresponde ao plano mental dos teósofos (no início do movimento teosófico este mundo foi denominado como o devakhan) e é, portanto, a esfera mais elevada dos 3 mundos. Esta dimensão é denominada pelos hindus como o swar loka ou swarga; os budistas conhecem-na como o sukhavati ou o rupa/arupa loka; para os antigos gregos o mundo mental, era conhecido como os campos elíseos; os antigos egípcios denominavam-no como o sekht ialu; os muçulmanos conhecem-no como o gana; e os nórdicos como o asgard ou, numa acepção mais restrita, o valhalla.

Este mundo está divido em duas grandes regiões, o plano mental superior ou abstracto – a zona onde se expressam os arquétipos divinos para os 3 mundos, onde se materializam as ideias abstractas, generalizantes e sintéticas e; o mental inferior – a região onde as ideias abstractas se densificam, pulverizam e tomam forma em conceitos particulares e concretos.

Iremos em seguida, transcrever alguns trechos da epístola 68 (na compilação da Editora Teosófica, Brasília) das «Cartas dos Mahatmas para A. P.Sinnett». Nesta missiva conhecida como a “carta do devachan”, o Mestre K.H. revela alguns dos princípios que governam a estadia da alma nesta esfera mais elevada e espiritual. Diz Ele: «O devachan, ou terra de sukhavati, é descrito alegoricamente pelo próprio Nosso Senhor Buda. O que Ele disse pode ser encontrado no Shan-yih-Tung. Diz o Tathagata: “Muitos milhares de miríades de sistemas de mundo mais além desse (nosso), há uma região de bem-aventurança chamada sukhavati... Os que nasceram na região abençoada são verdadeiramente felizes, não há mais aflições ou tristezas para eles naquele ciclo... Miríades de espíritos vão até lá para descansar e depois retornam para as suas próprias regiões.” Quem vai para o devachan? O Ego pessoal, é claro, mas beatificado, purificado, sagrado. Cada Ego – a combinação do sexto e sétimo princípios – (em rigor, a combinação da mente abstracta, da intuição e da vontade espiritual – o espírito humano), que depois do período de gestação inconsciente (um período que sucede à morte do corpo astral – a 2ª morte), renasce no Devachan, é necessariamente tão puro e inocente quanto um bebé recém-nascido. O mero facto de ter renascido mostra a preponderância do bem sobre o mal na sua personalidade anterior. E, enquanto o mau Karma fica de lado por algum tempo para segui-lo na sua futura encarnação terrestre, ele traz consigo para este Devachan o carma das suas boas acções, palavras e pensamentos. ... Portanto, todos aqueles que não caíram no lodo do pecado e da bestialidade irrecuperáveis (ou seja, todos aqueles que não foram para a oitava esfera, o planeta da morte) – vão para o Devachan. Eles terão de pagar pelos seus pecados, voluntários e involuntários, mais tarde. Enquanto isso, eles são recompensados; recebem os efeitos das causas produzidas por eles. Naturalmente trata-se de um estado; um estado, digamos assim, de intenso egoísmo (seria talvez mais correcto dizer egocentrismo), durante o qual o Ego colhe a recompensa do seu altruísmo na Terra. Ele está completamente envolvido na benção de todas as suas afeições, preferências e pensamentos pessoais terrestres, e colhe o fruto das suas acções meritórias. Nenhuma dor, nenhuma aflição, e nem mesmo a sombra de uma tristeza surge para escurecer o horizonte iluminado da sua pura felicidade. Ele vive naquele doce sonho com os que ama – quer tenham ido antes ou ainda permaneçam na terra; ele os tem perto de si, tão felizes, tão abençoados e tão inocentes como o próprio sonhador desencarnado; e no entanto, excepto raras visões, os habitantes do nosso planeta denso não o sentem.»

1º Paraíso

Este paraíso é constituído pela matéria mais densa do Plano Mental e, nele residem aquelas almas que têm como nota dominante, os afectos pessoais e altruístas.

2º Paraíso

A matéria do sexto sub-plano mental (contando do mais espiritual para o mais material, do mais subtil para o mais denso), constitui a base desta região e nela se manifestam as almas que têm como característica dominante a devoção antropomórfica, ou seja, o amor dirigido a uma entidade superior com características humanas.

O Bispo Leadbeater descreve no seu livro «O Plano Mental» cap. VII dois casos que ele observou nesta esfera: «Um monge medieval foi visto em extática contemplação de Cristo crucificado, e a intensidade do seu anelante amor e compaixão era tal, que, ao olhar para o sangue das feridas da figura de Cristo, os estigmas se lhe reproduziam no corpo mental. ... Outro homem parecia ter esquecido a triste história da crucificação e só pensava em Cristo glorificado no seu trono, com o mar de vidro diante dele e, sobre o mar, uma multidão entre a qual estava o adorador com a sua mulher e os filhos, os quais amava profundamente porém, os seus pensamentos dirigiam-se à adoração de Cristo, embora tivesse Dele um conceito tão material que o representava mudando caleidoscopicamente entre a figura humana e a do cordeiro com a bandeirinha que se costuma ver nas janelas das igrejas.»

3º Paraíso

Descreve assim Leadbeater na mesma obra no Cap. VIII, logo no início, esta esfera: «A característica principal deste sub-plano (o 5º) é a devoção manifestada em obras positivas. Por exemplo, o cristão neste sub-plano, em vez de se encontrar em extática adoração do seu Salvador (como acontece no 2º paraíso), vê-se a si mesmo a ir pelo mundo trabalhando em Seu nome, difundindo os Seus ensinamentos. ...»

Um dos casos apontados por Leadbeater foi o de um príncipe hindu cujo ideal na terra tinha sido o rei Râma. Esse príncipe enquanto vivo, tinha tentado modelar a sua conduta e os seus métodos de governo ao seu ideal contudo, as coisas não teriam corrido da melhor maneira e teria havido vários contratempos e adversidades. Não obstante, neste céu, os seus planos tiveram êxito e, recebiam do próprio Râma, auxílio e inspiração.

4º Paraíso

Esta esfera é constituída pela substância do 4º sub-plano mental. Este é o paraíso mais elevado do Céu Inferior. Nele se manifestam as almas mais adiantadas envolvendo-se em múltiplas actividades. Leadbeater sistematizou-as em 4 grupos principais: a) as almas que anseiam altruisticamente por conhecimento espiritual; b) as que se dedicam à investigação científica e à reflexão profunda filosófica; c) as que desenvolvem as suas capacidades literárias e artísticas de uma forma altruísta e; por fim, as que se envolvem no serviço por amor ao próximo. Recordemos que as almas que se dedicam à filantropia por amor a um ser elevado, manifestam-se na esfera anterior.

L. descreve-nos alguns casos paradigmáticos no 9º Cap. do «Plano Mental»: «O terceiro tipo de actividade no quarto sub-plano é a do nobilíssimo esforço artístico e literário, inspirado antes de tudo pelo desejo de elevar espiritualmente a humanidade. No quarto sub-plano estão Mozart, Beethoven, Wagner, Bach e outros músicos, inundando o ditoso lugar com harmonias muito mais gloriosas do que aquelas que foram capazes de produzir durante a sua vida terrena. ...» E mais adiante: «Exemplo de estudante genuíno oferece-nos um dos últimos neoplatônicos cujo nome é conservado nos anais daquele período. Durante a sua vida terrena procurou dominar os ensinos da escola neoplatônica e na sua vida celeste ocupava-se a investigar os seus mistérios e a compreender a sua importância no desenvolvimento da vida humana.»

Em suma, nesta região do Além, a alma digere as experiências porque passou na sua vida terrena e astral e transforma-as em capacidades morais ou intelectuais que depois, nas próximas vidas, utilizará nas diversas circunstâncias concretas. Este não é só um mundo de bem-aventurança, é também um tempo de assimilação e de auto-construção. É aqui que são forjados os talentos e os dons que depois se expressam na vida terrena.

J.P.G.
Ramo Aquário; email: joaogomes10@mail.telepac.pt

A crise existêncial do nosso planeta


A CRISE EXISTÊNCIAL NO NOSSO PLANETA


“Os paraísos perdidos estão
Somente em nós mesmos”
Marcel Proust


Qual a razão da nossa existência? Quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Porque lutamos, sofemos, vivemos e morremos?
Qual a origem do Cosmo? Porque somos atraídos pelo desconhecido? Porque estamos sempre insatisfeitos?
Estas são algumas das interrogações, mais comuns, que fazem com que oser humano mergulhe no mar do mistério e no maior enigma, que é ele próprio.
Viver de acordo com as leis da natureza, foi sempre o grande sonho das grandes civilizações da antiguidade, pensavam assim porque respeitavam o homem como parte integrante da natureza, no entanto hoje estamos afastados desse ideal filosófico devido à sua complexa maneira de pensar, isto é nesta era da tecnologia, o homem substituiu-se pela máquina e o seu pensamento tornou-se robotizado.

Será que todos os problemas do nosso mundo aponatam para o descalabro da civilização moderna?
Estamos no novo milénio e o que encontramos à nossa volta, são rupturas de valores, que fazem perder respeito pelo próprio homem. Muitos são os exemplos: Pobreza, barbarismo, xenofobia. Ausência de paz mundial, guerra, varis aspectos de violência, a mentira, a hipocrisia, falta de ideias válidas para a busca e concretização da paz, etc. Estes exemplos apontados afligem a humanidade tornando-a infeliz e frustrada.


Será que a culpa é do progresso?
A palavra progresso deriva do latim “PROGRESSUS”, que significa avançar ou acção de ir para a frente e a humanidade tomou como verdade a ilusão de julgar que avançar era melhorar, é que ele esqueceu-se que o progresso é bom e dá felicidade quando é feito de maneira inteligente, positiva, harmónica e ecológica.
O homem por causa da ganância confundiu a ideia do progresso, semeou ventos agora colhe tempestades.

Será que a culpa é da tecnologia?
A palavra técnica deriva da palavra grega, “TÉCNY” que significa, filosofar, arte, inventar e mais uma vez o ser humano separou-se da técny.

A culpa cabe exclusivamente ao ser humano e temos que ter consciência que assim é para haver uma solução para o nosso mundo uma solução harmónica, positiva e ecológica, porque senão o homem vai tornar-se cada vez mais arrogante e afastar-se cada vez mais do justo do bom e do belo.

O que fazer para que tudo de bom possa vir acontecer no nosso mundo?
Muito simplesmente reflectir.
Reflexão é uma palavra do verbo latino que significa “VOLTAR ATRÁS” por outras palavras, o homem tem que começar a repensar.
Então a solução passa por uma nova maneira de pensar, vai outra vez buscar os valores perdidos de uma sociedade mítica, onde a noção de unidade e individualidade subsistem juntos, onde somos ao mesmo tempo nós próprios e tudo o que subsiste à nossa volta. A humanidade tem que existir como se fosse um todo e isso seria a base para a fraternidade e para o verdadeiro progresso orientado para a técny, transformando-se num arquétipo.

Para Reflexão


Para Reflexão
Lembrem-se sempre de viver o dia de hoje


“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de pano e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas em definitivo pensaria em tudo o que digo.

Daria valor as coisas, não pelo que valem, mas sim pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais. Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.

Andaria enquanto os demais se detêm, despertaria enquanto os demais dormem.

Escutaria enquanto os demais falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!

Vestir-me-ia com simplicidade, atirar-me-ia de bruços ao sol, deixando descoberto, não só meu corpo, mas também a minha alma.


Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat e seria a serenata que ofereceria à lua.

Regaria com as minhas lágrimas as rosas, para sentir a dor de seus espinhos e o vermelho beijo de suas pétalas...

Deus meu, se eu tivesse mais um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer ás pessoas que eu amo, que as amo.


Aos homens provaria quanto equivocados estão ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar!

A um menino daria asas, mas deixaria que ele sozinho aprendesse a voar.

Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas sim com esquecimento.

Tantas coisas que eu aprendi…
Aprendi que todo mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir essa montanha.

Aprendi que, quando um recém-nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.

Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo, quando a ajuda a levantar-se.


Se soubesse que hoje era a última vez que vou ver-te dormir, abraçar-te-ia fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião de tua alma.

Se soubesse que esta era a última vez que te vejo sair pela porta, dar-te-ia um abraço, um beijo e chamaria de novo para te dar mais.

Se soubesse que esta era a última vez que ouviria tua voz, gravaria cada uma de tuas palavras para poder ouvi-las uma e outra vez, indefinidamente.

Se soubesse que estes são os últimos minutos que te vejo, diria " amo-te" e não assumiria, tontamente, que já sabes.

Sempre há um amanhã e a vida nos dá outra oportunidade para fazer as coisas bem, mas se me equivoco e hoje é tudo o que nos resta, gostaria de dizer quanto te amo e que nunca te esquecerei.

O amanhã não está garantido a ninguém, jovem ou velho.


Por isso, não esperes mais, faz hoje, já. Seguramente lamentarás o dia que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço e um beijo.

Mantém os que amas bem perto de ti, diz-lhes ao ouvido o muito que necessitas deles, ama-os e trata-os bem, encontra tempo para dizer-lhes "sinto muito","perdoa-me", "por favor", "obrigado" e todas as palavras de amor que conheces.

Ninguém te recordará por teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e sabedoria para expressá-los.

Demonstra a teus amigos quanto são importantes para ti."
Anónimo

Liberdade Sideral


Liberdade sideral

Eu penso na ilusão
Deste mundo universal
E sonho
Na realidade da consciência
De outros espaços siderais, dimensões
E outros mundos
Não quero sentir-me preso
Nesta ilha flutuante
Vagueando no espaço
À volta do sol

terça-feira, 12 de maio de 2009

DHAMMAPADA


DHAMMAPADA
O Controlo da Mente


(O Dhammapada está para o Budismo, tal como o Sermão da Montanha está para o Cristianismo. Este texto sagrado budista contém a essência do Ensinamento do Senhor Buda. O trecho aqui transcrito contém alguns dos versículos desta Escritura notável.)

Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Somos o que pensámos no passado. Seremos amanhã o que pensarmos hoje. A nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento acompanha-o tão de perto como a roda da carroça segue a pata do boi que a puxa.

Jamais se vence o ódio com o ódio. O ódio extingue-se com o amor; esta é uma Lei eterna.

Do mesmo modo que o arqueiro apontas as flechas, o sábio dirige a sua mente incerta, instável, difícil de vigiar e de dirigir.

A mente é invisível e subtil, difícil de vigiar, corre para onde lhe agrada. Que o sábio a dirija e vigie; uma mente vigiada é uma fonte de felicidade e saúde.

Uma mente indisciplinada faz-nos mais mal do que aqueles que nos odeiam ou do que todos os nossos inimigos.

Como uma cheia inunda e arrasta uma aldeia adormecida, seguindo o seu percurso, assim também a morte arrasta o homem cuja mente colhe as flores das paixões e desejos descontrolados.

O perfume das flores do sândalo, do jasmim ou do incenso não se desloca contra o vento; mas o perfume da virtude espalha-se por toda a parte e chega aos confins do mundo.

Fraco é o perfume, do sândalo, do incenso ou do jasmim, comparado à fragrância da sabedoria, que alcança o céu onde habitam os anjos e os arcanjos.

Mais glorioso do que derrotar milhares de inimigos em batalhas, é vencer-se a si próprio. Vence-te a ti próprio e não os outros. Quando vitoriosamente conquistares-te a ti próprio, nem os Poderes, nem os Principados ta poderão roubar.

Poema, baseado num dos quadros de Matisse

Poema, baseado num dos quadros de Matisse
“Mulher e peixes vermelhos”, 1921
Henri Matisse, nasceu em 1869, foi pintor, desenhista e escultor Francês do Fauvismo, movimento artístico, nascido em Paris por volta de 1905.
Faleceu no ano de 1954.




Pensamento Enigmático

Entre as cores de verde e amarelo
Paira um enigma
Uma mulher de olhos profundos e tristes
Pensa na sua vida
Será nas amarguras das Primaveras que se foram?
Ou
No Futuro
Como um Outono que está para vir?
E ela ali só
No meio do verde e amarelo
Talvez
Pensando no momento presente
Sentindo-se aprisionada
Como os peixes do aquário á sua frente

Poema 3


Ego

Centro da consciência e dimensões oníricas
Das ideias e pensamentos do inconsciente
Força criadora
Em linguagem simbólica
Projectada no subconsciente
Sentimento vai, sentimento vem

Força da psique
Do mundo interior das percepções
Angustias e desejos
Satisfações e insatisfações
Da natureza vulcânica humana
Sentimento vai, sentimento vem

Ilusões, desânimo e loucura
Instinto básico e subjectividade
Fantasias do Eu
Sentimento vai, sentimento vem

Fonte das representações das sensações
Na diferença entre o Espaço e o Tempo
Génesis dos nossos conflitos interiores
Na linguagem simbólica dos sonhos
Sentimento vai, sentimento vem

Afinal o que é o Zoismo?





Parafraseando Santo Agostinho, direi, se não perguntarem o que é o Zoismo, eu sei, mas se me perguntam já não sei.

O Zoismo, foi ensinado pelo doutor Martins Oliveira, durante muitos anos na década dos anos cinquenta, secretamente, considerada como a única escola de ocultismo nacional, que teve o seu fim de certo modo com a sua morte, deixando um vazio que até hoje e que se tenha conhecimento não foi ainda preenchido.
Zoismo, é ter veneração pela vida e ter a crença nas virtudes e poderes do ser humano, é uma teoria que tem como objectivo estudar os complexos e factos bem definidos dos fenómenos físicos e psicológicos que por vezes parecem ser regidos por forças superiores, dá-nos a conhecer as mais altas verdades da ciência. Através do Zoismo, tem-se a possibilidade de enriquecer a alma, moldar a nossa mente, modificar e aprofundar a nossa vida, favorece a autognose, dá entrada nos Templos da Sabedoria Hermética.
Determinados exercícios práticos do Zoismo, tem a virtude de despertar o KUNDALINI, conhecido pelo nome de Fogo Serpentino. É o exercício mais delicado e perigoso que o Zoismo possui.

O que nos diz, Martins Oliveira, um Mestre de Zoismo num dos seus livros “PSICOSES DA MORTE E DA VIDA” escrito em 1951, nas páginas 83,84,85, um livro raro, que tenho na minha biblioteca particular.

“Um facto curiosíssimo, diz bem a possibilidades de um pensamento egregórico – forte, disciplinado e de orientação sincrónica.
É claro que para bem se compreender o que descrevo seria preciso que todos os meus leitores fossem ZOISTAS de classe, porque só assim dominariam o pensamento egregórico e poderiam se quisessem, realizar conscientemente muitas experiências, igualmente curiosas e eloquentemente convincentes sobre as actuações, mesmo a grande distância, do maravilhoso antropoflux exteriorizado pelos homens.
E, já que falo de Zoismo, permita-se-me fazer nestas páginas um pequeno esclarecimento acerca daquilo a que o grande Printece Mulford chama «CIÊNCIA DA SUPERIORIDADE»:
É raro o mês em que não recebo duas ou três dezenas cartas, e solicitar-me explicações sobre macro ciência e determinados pormenores relativos ao estudo do Zoismo”.

“Eis, em poucas linhas, o esclarecimento que prometi sobre o estudo admirável da transcendente Ciência:
O Zoismo, segundo a metodologia oriental de há milénios, adoptada hoje na América e na Europa, divide-se em cinco grandes partes e pode ser estudado em pouco mais de seis meses ou em cerca de três anos. A primeira parte – a Iniciação – ensina-nos o auto-domínio pela educação científica da vontade e a disciplina dos pensamentos; a segunda parte – Império Mental – habituam-nos a confiar em nós próprios; a terceira parte – Zoismo elementar – para o robustecimento diário das faculdades nobres do ser; e a quarta parte – Zoismo superior – põe-nos em contacto com os maiores problemas da vida; Quanto à quinta parte – Estudos complementares – onde nem todos podem chegar – A quinta parte do Zoismo, é exclusivamente reservada aos que «podem esmagar mas não esmagam», porque ignoram a inveja, desprezam o ódio e detestam a vingança. O Zoista é por definição uma pessoa honesta, séria e digna. Quem pretender estudar Zoismo com fins inconfessáveis, perde o seu tempo e dinheiro, porque a expulsão espera-o e, se possível for, um severo castigo também.
Nada mais posso revelar ou aludir, sequer às vantagens do Zoismo, porque os Zoistas, como Mestres do Silêncio que são, detestam o elogio e não toleram por isso, que exaltem a sua obra. Direi apenas, para concluir, que no magnífico estudo do Zoismo, não entram livros nem impressos”.
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O Zoismo tem como divisa “Ver, Ouvir e Calar”.