sábado, 26 de março de 2011

O Trompete de Miles Davis



Editora Planeta

http://www.planeta.pt

O Trompete de Miles Davis é um romance que afirma uma nova voz na literatura portuguesa contemporânea.



O trompete verde de Miles Davis, em exposição na biblioteca da universidade de Rutgers, em Newark, é roubado, sem se perceber exactamente como foi possível. Um detective português emigrado nos EUA, que trabalha por conta própria em pequenos casos de infidelidade, traições e divórcios é colocado na pista do trompete pelo seu amigo, o reitor da universidade, mas não se sente nada à vontade fora da sua rotina. Grande amante de jazz, resquícios de uma mulher americana com quem viveu e lhe incutiu essa paixão, e também grande amante de livros e livrarias: vai recorrentemente à Barnes & Noble para pensar no caso e acalmar a olhar para as lombadas. Na agência, tem dois assistentes a trabalhar consigo: uma mulher/secretária e um ajudante/fotógrafo que deixa bastante a dever à inteligência. Durante a investigação, este detective português (que desmaia quando vê cadáveres) vai-nos conduzindo pelos pontos de encontro da comunidade portuguesa de Newark e seus habitantes.

Levando-nos ao coração da comunidade portuguesa de Newark, com a sua geografia e códigos próprios, as suas personagens características e o seu temperamento peculiar, «O Trompete de Miles Davis» é, mais do que uma história policial, um romance que vai em crescendo como uma música de jazz e nos deixa, no final, com a certeza da descoberta de uma nova voz na ficção portuguesa e um conjunto de personagens que, entre o divertido e o sério, não nos abandonarão mais.

Assim, contamos com a vossa presença na sessão de apresentação deste romance cheio de ritmo and all that jazz. Na mesa estarão o autor e uma leitora especial: Lídia Jorge. Para antecipar a conversa, aqui fica a sua opinião sobre o livro: «alcança muito mais do que pretende e atinge muito mais longe do que anuncia.»

Porque tudo começa com a notícia: «Miles Davis trumpet stolen».

O que disseram:

Segundo o Escritor Francisco José Viegas:

“Um policial bem lançado”

A Escritora Lídia Jorge:

“Porque me comove O Trompete de Miles Davis? Porque é um livro que alcança muito mais do que pretende e atinge muito mais longe do que anuncia. Porque, nesse desprendimento, nos entrega figuras que nunca mais se afastam de nosso pensamento. Um primeiro livro que parece ser o sexto.”

Sobre o autor:

Francisco Duarte Azevedo nasceu em Moçambique. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, diplomata de carreira, tendo cumprido missões em África e nas Américas. Tem colaboração dispersa na “Página Jovem” do Notícias da Beira (Moçambique), na revista Vértice, nos Cadernos de Literatura da Universidade de Coimbra, nas revistas “O Instituto” e Gávea-Brown, no Jornal Luso-Americano e noutras publicações. Foi Cônsul Geral em Caracas e em Newark, neste último, onde decorre a acção do livro.

Quem foi Miles Davis


Fonte Wikipédia

Miles Dewey Davis Jr, nasceu a 26 de Maio de 1926, em Alton, Ilinois, e faleceu a 29 de Setembro de 1991 em Santa Mónica, Califórnia, nos Estados Unidos da América, foi trompetista, compositor e bandleader, entre 1944 e 1991, com vários estilos, bebop, cool jazz, modal jazz, hard bop third stream, jazz funk, jazz fusion, acid jazz.

Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de Jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe “King” Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie.

Como Trompetista Davis tinha um som claro, mas também uma incomum liberdade de articulação e altura.

Considerado um dos mais influentes músicos do século XX. Davis esteve na vanguarda de todos os desenvolvimentos do Jazz desde a segunda Guerra Mundial até a década de 1990. Participou em várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool Jazz.

Em Julho de 1955, tocou um solo lendário em Round Midnight de Thelonius Monk no Newport Jazz Festival. Esta performance levou Davis de volta Aos holofotes do Jazz, fazendo com que George Avakian assinasse com Davis para a Columbia e formasse o seu primeiro quinteto.

Davis recebeu em 1990 o Grammy Lifetime Achievement Award.

Página oficial: www.milesdavis.com

sexta-feira, 25 de março de 2011

Apresentação do livro "O Trompete de Miles Davis" de Francisco Duarte Azevedo



No passado dia 15 de Março, pelas 18H30, estive no Salão Nobre do Instituto Camões, na apresentação do livro “O Trompete de Miles Davis” de Francisco Duarte Azevedo, pela Escritora Lídia Jorge.

O Salão Nobre foi pequeno para tanta gente que quis estar presente na apresentação do livro. Entre muitas personalidades conhecidas, destaco a Dr.ª Fátima Campos Ferreira, como também o Escritor Francisco José Viegas.

A apresentação foi um sucesso; o livro, também vai ser, tenho a certeza.


As fotografias da Apresentação


Museu do Seminário de Beja


No dia 10 de Outubro de 2006, a diocese de Beja inaugurou ao Público o Museu do Seminário, aonde cujo acervo, reúne várias colecções de grande importância.

Segundo o director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, Dr. José António Falcão, foram ali colocadas diversas peças, desde setas utilizadas na caça durante o período Neolítico até à arte moderna, apontando este núcleo museológico como “uma longa viagem no tempo”.

Melhor ainda, como o Dr. José Falcão explica em declarações à Agencia ECCLESIA. O Museu apresenta “três núcleos muito fortes”: “O primeiro diz respeito ao período anterior ao Cristianismo, onde se pode admirar uma tampa gravada que representa o armamento de um guerreiro da proto-história, “uma peça notável que mostra as práticas religiosas nesse período”; um segundo sector, incide sobre a época da implantação do cristianismo e a iniciação da diocese de Beja, onde se pode admirar “um ábaco proveniente de Messejana” e um terceiro sector sobre a entrada na História moderna, mostrando Beja como cidade sagrada, que conta a vida da cidade e da Igreja desde o séc. XVI ao séc. XX” onde se podem encontrar vestígios e fotografias das antigas freiras e monjas dos últimos conventos de Beja”.

Os visitantes deste Museu podem ver peças que são autênticos testemunhos do Neolítico, armas cerimoniais de bronze e de ferro, fragmentos de um templo imperial romano, marcos de delimitação das propriedades das ordens militares, moedas califais e fotografias das últimas freiras dos conventos de Beja e o báculo do bispo D. Manuel Falcão, da autoria do escultor João de Almeida (1967).

Neste Museu, existe ainda uma peça curiosa, um Escapulário do Grau 7, Rosa Cruz, do Rito Maçónico Francês.

Por tudo isto, um Museu a ser visitado.

Download da apresentaçao em power point do Museu do Seminário de Beja -> http://www.4shared.com/file/mNRNJR8W/Apresentao3.html

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cercibeja





A CerciBeja é uma Cooperativa de Solidariedade social criado em 1978, com o objectivo, de prestar assistência educativa, a crianças, as quais, quer por dificuldades expressas de aprendizagem, quer por apresentarem deficiências motoras, sensoriais ou psicológicas não conseguiram integrar-se no ensino regular; desde então, a CerciBeja, tem vindo a alargar a sua abrangência, já que, detectou a existência de jovens e adultos deficientes, os quais enfrentam sérias dificuldades de integração socioprofissional.
Para efectuar uma correcta inserção social, esta Cooperativa, estendeu o seu trabalho a nove Conselhos do distrito de Beja: Beja, Serpa, Vidigueira, Ferreira do Alentejo, Aljustrel, Alvito, Cuba, Mértola e Castro Verde.



Esta Instituição, fica situada na Quinta dos Britos em Beja.
A sua actuação no âmbito do seu trabalho social faz-se em quatro frentes essenciais:
Na sensibilização, Reabilitação, Integração e apoio, tendo a funcionar quatro valências:

- Unidade Educativa;
- Centro de Actividades Ocupacionais;
- Centro de Emprego Protegido;
- Unidade de Formação Profissional;

Tendo como objectivo, promover, em colaboração com as famílias, o desenvolvimento cognitivo e sócio-afectivo do jovem, com vista a uma integração socioprofissional afectiva, actuando nas áreas da escolaridade, expressão e movimentação, trabalhos manuais, horticultura e Jardinagem, carpintaria e serralharia.


Florival Candeias – Valito
Artista Plástico
Aluno da CerciBeja




No passado mês de Janeiro, fiz uma visita guiada à CERCIBEJA, e presenciei o trabalho espectacular daqueles funcionários, para com aqueles alunos. Visitei todas as secções. Mas numa delas, chamou-me especial atenção um dos alunos, a quem tentei conhecer melhor; disse-me chamar-se Florival Candeias, mais conhecido por Valito.
O Valito é um artista plástico, uma pessoa de uma simpatia contagiante, de quem gostei e foi um prazer tê-lo conhecido. Logo de seguida, mostrou-me as suas obras:












Quem é o Valito?

Florival Candeias nasceu em 1973 em Alvito, uma Vila a 40 km de Beja; é uma pessoa muito bem disposta.
O seu gosto pela pintura começou muito cedo, por volta dos seus 5 anos de idade. Apesar da sua deficiência mental, gostava muito de falar acerca de ideias criativas para os seus quadros, que encontrava no seu ambiente social. Aos 10 anos de idade, entrou para a CerciBeja, aonde desenvolveu os seus dotes artísticos.
Todos os dias, na Instituição, dedica-se com paixão à sua arte, onde utiliza tintas de aguarela, pintando os elementos do seu mundo; pessoas e gatos, céu azul, o mar, terras acastanhadas, prados verdes, o nascimento e o pôr-do-sol. Todos estes elementos, representam um papel importante no seu trabalho.
Adora música, tanto gosta de ouvir pela rádio, como gravações das suas músicas predilectas.
Valito gosta de dizer que é o Picasso. Já participou e continua a participar em muitos concursos competitivos de arte, nacionais e internacionais. Eis alguns, do seu palmarés:

- 9º Concurso competitivo de Arte para deficientes mentais no Porto em 1991.
- Vencedor do concurso competitivo de arte “Riscos e Rabiscos” em 1996.
- Foi premiado em 1996 pelo Ministério da Cultura pela sua obra de entalhe em madeira “A mulher Nua”.
- Prémio de honra ao mérito no 7º Concurso Nacional de Arte para Deficientes Mentais em 1997, assim como uma distinção no 8º Concurso Competitivo de Arte na Cidade do Porto em 1998.
Não há dúvida de que o meu amigo Valito é uma pessoa talentosa. Um grande abraço para ti, do Azevedo.

Terminei a minha visita, numa das salas de aula, com um apontamento de magia, que fez as delícias dos alunos. Prometi visita-los mais vezes, e assim acompanhar o seu desenvolvimento.

Durante a minha visita a esta digna Instituição, foi-me dado ver, esta obra meritória, e o trabalho desenvolvido, com muito amor e dedicação, por todos o que ali trabalham. Só me apetece dizer, Bem-haja CerciBeja.

Para concluir, é importante que se diga o seguinte:
Devemos ter em conta, que os deficientes mentais só podem contar com o apoio e a vontade da sociedade em que estão inseridos, precisando pois, dessa compreensão e ajuda. São cidadãos com os mesmos direitos, que quaisquer outros, sendo tal situação, reconhecida na Organização das Nações Unidas desde 1971.

É importante ter presente que um deficiente mental, não é o mesmo que um doente mental. Enquanto que, para os primeiros existe um processo de recuperação, de ensino e de inserção social, para os segundos haverá um tratamento terapêutico, dado que estes poderão ter as suas funções afectadas.