terça-feira, 12 de maio de 2009

DHAMMAPADA


DHAMMAPADA
O Controlo da Mente


(O Dhammapada está para o Budismo, tal como o Sermão da Montanha está para o Cristianismo. Este texto sagrado budista contém a essência do Ensinamento do Senhor Buda. O trecho aqui transcrito contém alguns dos versículos desta Escritura notável.)

Todas as coisas são precedidas pela mente, guiadas pela mente e criadas pela mente. Somos o que pensámos no passado. Seremos amanhã o que pensarmos hoje. A nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento acompanha-o tão de perto como a roda da carroça segue a pata do boi que a puxa.

Jamais se vence o ódio com o ódio. O ódio extingue-se com o amor; esta é uma Lei eterna.

Do mesmo modo que o arqueiro apontas as flechas, o sábio dirige a sua mente incerta, instável, difícil de vigiar e de dirigir.

A mente é invisível e subtil, difícil de vigiar, corre para onde lhe agrada. Que o sábio a dirija e vigie; uma mente vigiada é uma fonte de felicidade e saúde.

Uma mente indisciplinada faz-nos mais mal do que aqueles que nos odeiam ou do que todos os nossos inimigos.

Como uma cheia inunda e arrasta uma aldeia adormecida, seguindo o seu percurso, assim também a morte arrasta o homem cuja mente colhe as flores das paixões e desejos descontrolados.

O perfume das flores do sândalo, do jasmim ou do incenso não se desloca contra o vento; mas o perfume da virtude espalha-se por toda a parte e chega aos confins do mundo.

Fraco é o perfume, do sândalo, do incenso ou do jasmim, comparado à fragrância da sabedoria, que alcança o céu onde habitam os anjos e os arcanjos.

Mais glorioso do que derrotar milhares de inimigos em batalhas, é vencer-se a si próprio. Vence-te a ti próprio e não os outros. Quando vitoriosamente conquistares-te a ti próprio, nem os Poderes, nem os Principados ta poderão roubar.

2 comentários:

  1. Realmente começo a apercerber-me que a mente é que dita a realidade que temos. O difícil é conseguir controlá-la de modo a que as nossas vivências possam ser mais pacíficas.

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  2. Subscrevo quase tudo, mas não compreendo porque amar só alguns e não a todos. Não podemos estar presos - a nossa energia cosmovital deve vibrar de modo universal.
    Obrigado

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