Editora Planeta O Trompete de Miles Davis é um romance que afirma uma nova voz na literatura portuguesa contemporânea.
O trompete verde de Miles Davis, em exposição na biblioteca da universidade de Rutgers, em Newark, é roubado, sem se perceber exactamente como foi possível. Um detective português emigrado nos EUA, que trabalha por conta própria em pequenos casos de infidelidade, traições e divórcios é colocado na pista do trompete pelo seu amigo, o reitor da universidade, mas não se sente nada à vontade fora da sua rotina. Grande amante de jazz, resquícios de uma mulher americana com quem viveu e lhe incutiu essa paixão, e também grande amante de livros e livrarias: vai recorrentemente à Barnes & Noble para pensar no caso e acalmar a olhar para as lombadas. Na agência, tem dois assistentes a trabalhar consigo: uma mulher/secretária e um ajudante/fotógrafo que deixa bastante a dever à inteligência. Durante a investigação, este detective português (que desmaia quando vê cadáveres) vai-nos conduzindo pelos pontos de encontro da comunidade portuguesa de Newark e seus habitantes.
Levando-nos ao coração da comunidade portuguesa de Newark, com a sua geografia e códigos próprios, as suas personagens características e o seu temperamento peculiar, «O Trompete de Miles Davis» é, mais do que uma história policial, um romance que vai em crescendo como uma música de jazz e nos deixa, no final, com a certeza da descoberta de uma nova voz na ficção portuguesa e um conjunto de personagens que, entre o divertido e o sério, não nos abandonarão mais.
Assim, contamos com a vossa presença na sessão de apresentação deste romance cheio de ritmo and all that jazz. Na mesa estarão o autor e uma leitora especial: Lídia Jorge. Para antecipar a conversa, aqui fica a sua opinião sobre o livro: «alcança muito mais do que pretende e atinge muito mais longe do que anuncia.»
Porque tudo começa com a notícia: «Miles Davis trumpet stolen».
O que disseram:
Segundo o Escritor Francisco José Viegas:
“Um policial bem lançado”
A Escritora Lídia Jorge:
“Porque me comove O Trompete de Miles Davis? Porque é um livro que alcança muito mais do que pretende e atinge muito mais longe do que anuncia. Porque, nesse desprendimento, nos entrega figuras que nunca mais se afastam de nosso pensamento. Um primeiro livro que parece ser o sexto.”
Sobre o autor:
Francisco Duarte Azevedo nasceu em Moçambique. É licenciado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, diplomata de carreira, tendo cumprido missões em África e nas Américas. Tem colaboração dispersa na “Página Jovem” do Notícias da Beira (Moçambique), na revista Vértice, nos Cadernos de Literatura da Universidade de Coimbra, nas revistas “O Instituto” e Gávea-Brown, no Jornal Luso-Americano e noutras publicações. Foi Cônsul Geral em Caracas e em Newark, neste último, onde decorre a acção do livro.