sábado, 6 de novembro de 2010

O Ser Humano



“Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens”.
Fernando Pessoa


O Ser humano, além de ter capacidade para raciocinar, tem também sensibilidade afectiva, os seus problemas estão relacionados muitas vezes de não saber dosear correctamente a razão e os sentimentos, para ter equilíbrio emocional e social.
Assim sendo, compreendemos, porque é que indivíduos muito inteligentes, fracassam, a explicação para tal facto vem da falta de coerência, entre aquilo que está a pensar e o que sente, deixando-se levar pela razão.
Quando aprofundamos o assunto relacionado com o emotivo-afectivo, chega-se à conclusão que tudo começa pelos desejos e tem o seu fim nas paixões, isto como é evidente fazendo parte do sentimental.
A sensibilidade afectiva começa sempre espontaneamente, depois é que aparece a inteligência, que aos poucos se vai desenvolvendo, transformando em experiência e reflexão, dando origem ao despertar do entendimento.
Os primeiros sentimentos que aparecem é que se tornam a nossa luz directora para orientar e perceber-mos com nitidez o justo valor das coisas como também nos dá sabedoria para apreciar a vida, porque é com a sensibilidade afectiva que temos a noção do lado bom e bonito da nossa existência.
A criação poética e filosófica é resultado dos sentimentos e às emoções sentimentais.

O porquê da infelicidade?
O porquê da angústia?
O porquê da ansiedade? E outros porquês...

A problemática da situação é que o ser humano faz uso errado da sensibilidade, provocando em seguida o mau uso da razão, tornando-se num hiper sentimental e assim vê a existência da vida a cinzento e a negro, vive uma vida virtual, vive como se estivesse a dormir e não acorda, porque sonha que está acordado, e isso leva-o a ser infeliz.

Para que o ser humano viva feliz, deve compreender o que é a vida e o que é viver, ter os sentimentos ajustados com a razão, para que a sua vida nesta existência, se pautue pelos valores de ética, que o dignificam como ser humano e isto passa pelo altruísmo, tolerância, perdão e compaixão, assim terá a faculdade de ver toda a sua existência a cores e ser feliz.


Naturalmente, tudo isto está ligado à imaginação, que é a maior energia mental conhecida pelo Homem.
A imaginação não tem dificuldades nem no Tempo e no Espaço, é um génio energético que temos dentro de nós, que faz criar tudo e tudo se tornar realidade através do subconsciente.

Sem imaginação não havia ciência, pela razão que esta é o resultado da experiência e hipóteses formuladas pela imaginação.
Não havia ambições humanas e se assim acontecesse o ser humano só teria instinto.
Nada é mais veloz que a imaginação, porque ela é instantânea, com o poder da imaginação podemos estar em todos lados ao mesmo tempo. É a imaginação que dá força e poder à inteligência.
Em suma, de todas as nossas faculdades mentais, a imaginação é a mais poderosa. Sem ela não havia literatura, artes e nem ciência.

É uma força energética criadora, existente dentro do nosso ser, que vai tornar realidade todos os nossos pensamentos, funcionando como uma maqueta daquilo que aspiramos e queremos que aconteça na nossa vida, a imagem têm que ser correspondente com o nosso pensamento.

Toda a nossa existência no nosso Mundo é um produto da imaginação, aliada à nossa inteligência, isto é, nada nosso mundo construído pelo Homem, não foi primeiro pensado e depois imaginado.

Serenidade de espírito



Serenidade de espírito

Era uma vez um homem que tinha um cavalo, mas um dia quando acordou, foi ao estábulo e verificou que o seu cavalo tinha desaparecido. O vizinho chegou ao pé do homem batendo no ombro dissera:
-Que azar que tu tiveste! Só tinhas um cavalo e ele desapareceu.
-Sim, foi assim que aconteceu, assim é.
Passaram algumas semanas e uma manhã o homem encontrou no estábulo, não só o seu cavalo, mas este tinha trazido outro, veio o vizinho e dissera:
-Que sorte que tu tiveste! Agora és dono de dois cavalos.
-Sim, foi assim que aconteceu, assim é.
Ao dispor de dois cavalos, agora o homem podia passear a cavalo com o seu filho.
Mas um dia num dos passeios a cavalo, seu filho caiu e fracturou uma perna. Lá veio o vizinho e diz:
-Que azar, se não tivesses o segundo cavalo nada disto teria acontecido.
O homem disse:
-Sim, foi assim que aconteceu, assim é.

Uma semana depois, desencadeou-se uma Guerra, nesse País e todos os jovens foram mobilizados, menos os filho do homem que estava ferido por ter caído do cavalo. De novo veio o vizinho e comenta:
-És um homem de muita sorte! O teu filho livrou-se de ter ido para os campos de batalha.
E o dito homem responde:
-Sim, foi assim que aconteceu, assim é.


Esta história, demonstra e é um exemplo da igualdade de ânimo perante a prosperidade e a adversidade da vida. Devemos entender a roda da vida que gira e que gira sem cessar sempre em frente e sempre numa perspectiva justa. Nunca podemos esquecer que temos o que merecemos ter. É muito difícil explicar, mas a vida nos ensinará.



A escolha do caminho



A escolha do caminho

O discípulo estava desorientado, pediu ajuda ao mestre perguntando-lhe: - se existe uma única verdade porque é que existem várias religiões, tantos sistemas espirituais, tantos sistemas políticos e doutrinas? Em suma, porque é que existem demasiadas vias?
O mestre respondeu-lhe!
O que perguntas é insensato! Cada ser humano deve ser a sua própria doutrina e a sua própria via.


Cada um é que sabe qual vai ser o seu caminho na vida.
Os caminhos da vida, são como os rios. Uns são mais compridos, mais ou menos fundo, outros mais estreitos, ainda outros serpenteado, enfim, uma coisa é certa, todos vão desaguar à Foz.
O caminho que for percorrido na vida, vai terminar no mesmo lugar. O que interessa é a maneira como percorrer esse caminho, a sua escolha é consoante a ideia que tem da vida e do viver.


Como escolher o meu caminho?

O discípulo fez outra pergunta:
-Mestre como posso saber que estou preparado para perceber e escolher o meu caminho?
O Mestre pediu que o acompanhasse, e conduziu-o até um jardim próximo. Chegado ao local, agarrou na cabeça do seu discípulo e mergulhou no fontanário ali existente, quando finalmente retirou já a beira do desmaio, o mestre perguntou:
- O que é que sentiste?
- Uma grande vontade e ânsia de respirar.
- Quando tiveres essa mesma vontade estás preparado para escolher o teu caminho espiritualidade e assim perceberes o que é a Mente Universal. Comentou o mestre.

Esta história demonstra que devemos sentir uma chamada interior, para que façamos essa mudança. Temos que ter em conta todo o valor espiritual, para que a compreendamos, deixando para trás todo o apego e ideias pré concebidas de vaidade ou como um caminho fácil para atingir os fins inscritos no seu Ego, porque pode vir a encontrar um caminho de ilusão, que mais tarde ou mais cedo dará em desilusão, isto é, temos que ter atenção ao KARMA.